Bitcoin: moedas virtuais, diferentemente de dinheiro convencional, não são apoiadas por governo ou banco central (Jim Urquhart/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2014 às 09h10.
Londres - Os bancos da União Europeia devem parar de oferecer contas de consumidores denominadas em moedas virtuais, como bitcoins, até que garantias regulatórias estejam em vigor, disse o regulador bancário do bloco nesta sexta-feira.
A bitcoin, a mais conhecida entre cerca de 200 moedas geradas por computador, começou a circular em 2009 e a aceitação tem aumentado conforme mais comerciantes permitem que consumidores paguem por produtos e serviços com a moeda.
As moedas virtuais, que diferentemente de dinheiro convencional não são apoiadas por um governo ou banco central, passaram a ser examinadas detalhadamente depois que a bolsa Mt.Gox, baseada em Tóquio, entrou em falência em fevereiro, após perder estimados 650 milhões de dólares em bitcoins de clientes.
A Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), em um estudo publicado nesta sexta-feira, propôs uma nova estrutura regulatória, além de aconselhar os bancos a ficarem longe de moedas virtuais até que regras estejam em vigor.
"Esta resposta imediata irá 'proteger' serviços financeiros regulados de esquemas de moeda virtual, e mitigará os riscos que surgem da interação entre esquemas de moeda virtual e serviços financeiros regulados", disse a EBA.
O conselho para bancos ainda permite que empresas financeiras mantenham um relacionamento de conta corrente com empresas ativas em moedas virtuais, acrescentou a agência.
Entre as novas regras que o regulador quer implementar está a exigência de que bolsas de moedas detenham capital, para caso entrem em falência, como no caso da Mt. Gox, tenham recursos para proteger os clientes.