Economia

Reformas são fundamentais para retorno de investidores, diz secretária

"A reforma da Previdência teve efeito fiscal relevante mas o desafio segue", disse a secretária ao defender a agenda de reformas

Secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, (Romério Cunha/Casa Civil da Presidência/Divulgação)

Secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, (Romério Cunha/Casa Civil da Presidência/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de agosto de 2020 às 13h26.

A secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, avaliou nesta terça-feira, 18, que o avanço da agenda de reformas é fundamental para o retorno dos investidores internacionais ao setor de infraestrutura. Segundo ela, os investidores externos deixaram o País em anos anteriores devido ao risco de insolvência fiscal do Brasil, sobretudo por causa do déficit da Previdência.

"Esse governo deu todo apoio a essa agenda de reformas com o Congresso. A reforma da Previdência teve efeito fiscal relevante mas o desafio segue. Os gastos com folha de pagamento e outros gastos obrigatórios seguem comprimindo os investimentos", afirmou, no evento 'Acelerando a retomada do crescimento', organizado pelo banco Santander.

Martha citou as oportunidades de investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, e destacou o potencial desses projetos em comparação com países vizinhos. "Fomos atingidos por uma crise de saúde que afetou o mundo inteiro, mas tivemos respostas rápidas. Tivemos medidas para os setores aéreo, elétrico, de telecomunicações. Investidores que aqui estão e os contratos existentes foram preservados, enquanto seguidos a estruturação de novos projetos", completou.

A secretária especial do PPI avaliou ainda que a agenda de concessões, parcerias e privatizações não apenas atrairá investimentos, como vai melhorar a eficiência dos serviços. "Queremos contagiar também Estados e municípios para essa agenda de parcerias com a iniciativa privada", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:InvestidoresReforma tributária

Mais de Economia

Correios acumulam déficit e governo estuda novas fontes de receita

Despesa com Previdência fecha 2024 com R$ 29,9 bilhões acima do estimado no Orçamento

Exclusivo: Bernard Appy, secretário da Reforma Tributária, é o entrevistado da EXAME desta sexta

Governo encerra 2024 com déficit de R$ 43 bilhões nas contas públicas, equivalente a 0,36% do PIB