Plenário da Câmara dos Deputados em 10 de julho (Marina Ramos / Câmara dos Deputados)
Agência de notícias
Publicado em 11 de julho de 2024 às 06h49.
Última atualização em 11 de julho de 2024 às 06h52.
Quase sete meses depois da promulgação da Reforma Tributária, a Câmara dos Deputados aprovou ontem, 10, por 336 votos a 142, o mais amplo projeto de regulamentação da mudança no sistema de impostos do país.
O texto detalha o funcionamento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) brasileiro, definindo temas como a cesta básica, o cashback e bens e serviços que terão alíquotas reduzidas, além de travar a alíquota-padrão do tributo em 26,5%.
Agora, o texto segue para análise do Senado Federal, o que deve ocorrer a partir de agosto. Se os senadores mudarem o texto, ele volta para análise da Câmara. Nesse caso, os deputados terão a prerrogativa de decidir se aceitam o texto do Senado ou voltam ao texto da Câmara.
Após esse passo, o projeto vai para sanção do presidente Lula. O governo quer finalizar toda essa etapa ainda neste ano.
A regulamentação ainda tem outro projeto já enviado pelo governo, com foco nos tributos administrados por estados e municípios. Esse só deve ser analisado pela Câmara em agosto. Depois, segue o mesmo trâmite: Senado e sanção presidencial.
A regulamentação ainda terá outros detalhes a serem definidos. Por exemplo, as alíquotas dos bens sujeitos ao Imposto Seletivo.
Em 2026, começa o período de testes para definir as alíquotas dos novos tributos.
Em 2027, começa a valer a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que é o tributo de competência federal e irá substituir o PIS/Cofins. Ele será implementado gradualmente. No mesmo ano, o IPI (exceto para produtos também feitos na Zona Franca de Manaus) será zerado.
Entre 2029 e 2032 ocorre a transição do ICMS (estadual) e do ISS (municipal) para o IBS (de competência estadual e municipal).
Em 2033, ICMS e ISS serão extintos, assim como benefícios ligados a eles. A partir daí, esse processo da reforma é finalizado.