Economia

Reforma tributária nos EUA prevê corte de imposto

Projeto prevê quatro alíquotas para pessoas físicas: 12%, 25%, 35% e 39,6%. A taxa de 39,6% é válida a casais com renda acima de US$ 1 milhão

Bandeira norte-americana (Getty Images/Getty Images)

Bandeira norte-americana (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de novembro de 2017 às 15h05.

Última atualização em 2 de novembro de 2017 às 15h06.

Washington - Republicanos da Câmara dos EUA, buscando a maior transformação no código tributário do país em mais de 30 anos, visam reduzir permanentemente o imposto para empresas dos atuais 35% para 20% e comprimir o número de faixas de imposto de renda de pessoas físicas, de acordo com um resumo do plano obtido pelo The Wall Street Journal.

O projeto prevê quatro alíquotas para pessoas físicas: 12%, 25%, 35% e 39,6%. A taxa de 39,6% é válida para casais com renda acima de US$ 1 milhão.

Também está prevista a criação de um imposto de 10% sobre os altos lucros de subsidiárias de empresas americanas no exterior, como uma medida para prevenir que as companhias concentrem seus ganhos em outros países. Há, ainda, a imposição de novas restrições para companhias estrangeiras operarem nos EUA, como um imposto de até 20% sobre pagamentos feitos no exterior por suas operações em território americano.

Muitas companhias poderão ter um novo limite de redução de deduções, que poderá ser de 30% sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Companhias do setor imobiliário e pequenas empresas podem ser isentas desse limite.

Outra alteração prevista diz respeito a um imposto que seria cobrado sobre o estoque de lucros das empresas no exterior, que deve ser significativamente maior que o estimado pelos republicanos. O projeto prevê alíquota de 12% sobre o dinheiro das subsidiárias estrangeiras e 5% sobre investimentos sem liquidez.

Para compensar parcialmente a perda de receita, os republicanos planejam suspenderas deduções com pagamentos de impostos estaduais e locais de pessoas físicas e de empresas com o pagamento de juros de dívidas. O plano, no entanto, não dá detalhes sobre possíveis mudanças em pontos como o plano de aposentadoria 401 (k) .

O Comitê de Formas e Meios da Câmara dos EUA planeja analisar o projeto na próxima semana, com o objetivo de transformá-lo em lei até o Natal para que entre em vigor em 2018.

Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Impostos

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto