Economia

Reforma fiscal é fundamental para inflação baixa, reforça Copom

Para o BC, a aprovação das reformas também é importante para o funcionamento da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural

O Copom destacou ainda a importância de outras iniciativas que visam aumento de produtividade (iStock/Thinkstock)

O Copom destacou ainda a importância de outras iniciativas que visam aumento de produtividade (iStock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 10h34.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reafirmou nesta quinta-feira, 15, na ata do encontro da semana passada, a ênfase de que a aprovação das reformas fiscais - como a da Previdência - e de ajustes na economia são fundamentais para a sustentabilidade do ambiente com inflação baixa e estável.

Para o BC, a aprovação das reformas também é importante para o funcionamento pleno da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural da economia, com amplos benefícios para a sociedade.

O Copom destacou ainda a importância de outras iniciativas que visam aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. "Esses esforços são fundamentais para a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira", afirmou o documento.

Segmentos da inflação

A ata do Copom dedicou dois parágrafos aos aumentos de preços verificados nos setores de energia elétrica e combustíveis. O documento mostra que os membros do colegiado debateram os impactos das alterações recentes das bandeiras tarifárias e a evolução dos preços dos combustíveis. A avaliação é de que "ambos os preços passaram a apresentar maior volatilidade ao longo do ano passado".

Para os membros do Copom, apesar da elevação, a política monetária deve combater apenas os "efeitos secundários" desses choques. "O Comitê reitera que sua reação a possíveis mudanças de preços relativos, como nos casos de alimentos e de eventuais reajustes de tarifas de energia elétrica e de preços de combustíveis, será simétrica, ou seja, a política monetária seguirá os mesmos princípios tanto diante de choques de oferta inflacionários quanto desinflacionários", registrou o documento.

Na ata do encontro de dezembro do Copom, os membros do colegiado já haviam discutido os impactos das bandeiras tarifárias de energia sobre a inflação, mas a questão dos reajustes dos combustíveis ainda não havia sido explicitada. Isso foi feito na ata divulgada nesta quinta.

No documento, os membros também voltaram a destacar que "algumas medidas de inflação subjacente encontram-se em níveis confortáveis e outras em níveis baixos". "Debateram também em que medida suas trajetórias são compatíveis com a convergência da inflação em direção à meta no horizonte relevante para a política monetária. De um lado, a permanência de medidas de inflação subjacente em patamares baixos constitui risco baixista para a trajetória prospectiva para a inflação", acrescentou o BC na ata.

Por outro lado, conforme o BC, "permanece a expectativa de que a recuperação da atividade econômica contribua para a elevação da inflação subjacente rumo à meta no horizonte relevante".

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