Joaquim Levy: "É um momento importante, acho que é uma coisa que ajuda a orientar a economia (a reforma do ICMS)" (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2015 às 16h27.
Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira, 13, que o governo prepara uma medida que procure incorporar "todos os sentimentos" e sugestões em torno da reforma do ICMS.
Na avaliação do ministro, o momento atual é "importante" para definir a reforma do ICMS, uma medida que vai ajudar a "orientar a economia".
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve votar nesta terça-feira (14) o projeto que repatria dinheiro de brasileiros no exterior - parte dos recursos vai bancar a compensação da unificação do ICMS.
Além disso, o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), já disse na semana passada que o governo vai publicar uma medida provisória criando os fundos de compensação e de desenvolvimento regional, dois pontos fundamentais para a aprovação da reforma do ICMS.
Levy chegou por volta das 15h30 desta segunda ao gabinete do vice-presidente Michel Temer, onde se reúne com líderes da base no Senado Federal e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para discutir o assunto.
"É um momento importante, acho que é uma coisa que ajuda a orientar a economia (a reforma do ICMS). A gente está neste momento de estar olhando o que vem para 2016, e a reforma do ICMS é uma coisa que tem travado investimento", afirmou.
"Há uma grande demanda de governadores, e a presidenta está preparando uma medida que procure incorporar todos os sentimentos, todas as sugestões que a gente tem colhido nesses meses, então, acho que é uma possibilidade de realmente a gente dar um passo à frente, estar reorganizando a economia e criando oportunidades de crescimento, de investimento e emprego", disse o ministro.
Repatriamento
Questionado sobre o repatriamento de divisas, Levy ressaltou que esse é um "movimento que tem acontecido no mundo inteiro". "Deve ser bem regulamentado, é uma iniciativa do Senado, mas acredito que vai procurar seguir as regras que tem nos outros países. E apenas para recursos lícitos. Obviamente, só pode ser feito para recursos de origem lícita", ressaltou.