Meirelles: "A reforma da Previdência terá que ser feita. Ponto. A questão é saber quando" (Adriano Machado/Reuters Brazil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 16h27.
Rio - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira, 4, a jornalistas que é possível votar ainda este ano a reforma da Previdência. Um pouco antes, em discurso durante evento no Rio, ele contou que teve uma reunião produtiva sobre a reforma neste domingo com parlamentares na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
"A reforma da Previdência terá que ser feita. Ponto. A questão é saber quando. Vai ser agora ou teremos que fazer no início de 2018, ainda é viável, mas depois entra o ciclo eleitoral e aí nós teremos o próximo governo, em 2019, entrando já com um grande desafio à frente", disse o ministro.
Meirelles lembrou que a despesa primária do governo passou de 19,9% do PIB em 2016 para 19,6% do PIB em 2017, a partir "de um controle rígido de despesas discricionárias". A previsão é que desça a 19,2% em 2018.
"Para que essa trajetória adquira consistência ao longo do tempo é necessária a reforma da Previdência. Para isso, estamos dialogando e levando essa mensagem para parlamentares. Ontem (domingo) tivemos uma reunião importante na casa do presidente da câmara (Maia) e foi uma reunião muito produtiva. Foi um compromisso muito grande que vimos com a reforma da Previdência", disse durante o seminário "Reavaliação do Risco Brasil", no centro cultural da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio.
Meirelles voltou a defender que a votação da reforma da Previdência é um assunto "da maior importância" atualmente. Ele disse que, apesar das resistências sobre o tema, os brasileiros de menor renda já estão se aposentando por idade e que a camada mais pobre da população se beneficiará com as novas regras, porque terão acesso à aposentadoria mais cedo.