Economia

Reforma da Previdência arrocha aposentadorias, diz deputado

Pepe Vargas acusou o governo de fazer a reforma para adequar as despesas ao teto de gastos, liberando recursos para o pagamento de juros ao setor financeiro

Pepe Vargas: segundo o deputado, o PT vai votar contra a reforma, mas enfatizou que o partido apresentou emendas substitutivas globais para "ter alternativas" (Wilson Dias/ABr/Agência Brasil)

Pepe Vargas: segundo o deputado, o PT vai votar contra a reforma, mas enfatizou que o partido apresentou emendas substitutivas globais para "ter alternativas" (Wilson Dias/ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de maio de 2017 às 18h58.

Brasília - O deputado Pepe Vargas (PT-RS), que atuou como ministro em diferentes pastas no governo Dilma Rousseff, acusou o governo de fazer a reforma da Previdência para adequar as despesas ao teto de gastos, liberando recursos para o pagamento de juros ao setor financeiro.

Além disso, o petista disse que a proposta do governo vai arrochar os valores das aposentadorias.

Segundo ele, o PT vai votar contra a reforma da Previdência, mas enfatizou que o partido apresentou emendas substitutivas globais para "ter alternativas".

"O governo faz terrorismo dizendo que vai explodir despesas, mas não só erra muito como subestima receitas e superestima despesas. O governo não tem credibilidade, não é legítimo, não é oriundo do voto popular. Esta reforma vai fazer com que caia a arrecadação previdenciária", disse Pepe Vargas.

Para o parlamentar, a associação da reforma com as mudanças nas leis trabalhistas têm o potencial para "desequilibrar" a Previdência em vem do contrário.

Segundo o deputado, a reforma da Previdência tem como objetivo ajudar a manter o crescimento das despesas do governo limitadas à inflação, enquanto as despesas financeiras "não têm limite, podem crescer 1.000%".

"Essa proposta arrocha valores de aposentadorias, dificulta acesso às aposentadorias, os trabalhadores terão de trabalhar mais tempo para conseguir 100% do valor de sua aposentadoria e outros não conseguirão se aposentar. Os trabalhadores rurais não conseguirão pagar contribuição. Tudo isso para fazer o que mercado financeiro quer, liberar mais recursos para pagar juros da dívida", disse Vargas.

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