Economia

Refinarias asiáticas cortam produção para combater oferta

Refinarias de petróleo na Ásia estão processando menos petróleo à medida que enfrentam o recuo das margens para mínimas de cinco anos


	Exploração de petróleo: refinarias asiáticas tipicamente aumentam seus índices de utilização a partir de julho
 (Thinckstock)

Exploração de petróleo: refinarias asiáticas tipicamente aumentam seus índices de utilização a partir de julho (Thinckstock)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2016 às 16h25.

Singapura - Refinarias de petróleo na Ásia estão processando menos petróleo à medida que enfrentam o recuo das margens para mínimas de cinco anos, após a região ser inundada com oferta de produtos refinados e com a desaceleração do crescimento econômico afetando a demanda por combustíveis.

Refinarias asiáticas tipicamente aumentam seus índices de utilização a partir de julho, após realizarem manutenções regulares no segundo trimestre, criando estoques de combustíveis como diesel e gasolina para suprir a demanda que dispara no verão.

Mas neste ano diversas refinarias da Ásia estão mantendo ou reduzindo o ritmo de produção no período de julho e agosto após refinarias da região terem aproveitado o menor preço do petróleo em mais de uma década no primeiro trimestre e inundando a Ásia com combustível barato, disseram fontes da indústria e analistas.

"As margens de refino em queda estão levando refinarias a considerarem cortes por economia", disse Sri Paravaikkarasu, consultor sênior na empresa de analistas de energia FGE.

"Isso vai ajudar a reduzir o excesso no segundo semestre de 2016", acrescentou.

A Singapore Refining Company, uma joint venture entre a PetroChina e a Chevron Corp, deve operar com cerca de 80 por cento de sua capacidade de junho a agosto, abaixo dos cerca de 90 por cento em maio, disseram fontes com conhecimento do tema.

A SK Energy, maior refinaria da Coreia do Sul, também está cortando o ritmo de produção em julho e agosto, enquanto a taxa utilização da segunda maior refinaria da Coreia do Sul, GS Caltex, estava 10 pontos percentuais mais baixa no segundo trimestre do que nos três primeiros meses do ano, disseram fontes.

As companhias não quiseram comentar.

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