Economia

Redução de estímulos do Fed faz BC estender leilões

De segunda-feira a sexta-feira, o Banco Central (BC) leiloará US$ 200 milhões em operações de swap cambial tradicional


	Prédio do Banco Central em Brasília: as operações de venda de dólares no mercado futuro, que acabariam no fim do ano, foram prorrogadas até 30 de junho de 2014
 (Wikimedia Commons)

Prédio do Banco Central em Brasília: as operações de venda de dólares no mercado futuro, que acabariam no fim do ano, foram prorrogadas até 30 de junho de 2014 (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 20h36.

Brasília – A diminuição dos estímulos monetários para a economia norte-americana, anunciada hoje (18) pelo Federal Reserve (Fed – o Banco Central norte-americano), fez o Banco Central brasileiro estender, por seis meses, o programa de leilões de venda de dólares no mercado futuro, que ajuda a segurar o câmbio. As operações, que acabariam no fim do ano, foram prorrogadas até 30 de junho de 2014.

O programa, no entanto, passará por ajustes. De segunda-feira a sexta-feira, o Banco Central (BC) leiloará US$ 200 milhões em operações de swap cambial tradicional, que funcionam como venda de dólares no mercado futuro. Atualmente, o BC faz leilões de swap US$ 500 milhões de segunda-feira a quinta-feira.

Os leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, que são feitos às sextas, passarão a ser feitos em qualquer dia, dependendo das condições do mercado de câmbio.

Até agora, o Banco Central não usou recursos das reservas internacionais para vender dólares diretamente no mercado. No entanto, segundo comunicado emitido no começo da noite, a autoridade monetária indicou que poderá usar essa possibilidade, assim como lançar mão de outras medidas. “Sempre que julgar necessário, o Banco Central do Brasil poderá fazer operações adicionais de venda de dólares por meio dos instrumentos ao seu alcance”, informou a nota.

No ano passado, o Fed iniciou um programa de aquisição de títulos da dívida pública norte-americana, em um esforço destinado a manter os juros baixos e apoiar a economia do país.

Desde o fim de maio, a autoridade monetária dos Estados Unidos tinha indicado que poderia reduzir as ajudas monetárias por causa da recuperação da economia do país. Na reunião de hoje, o Fed decidiu cortar, de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões por mês, a ajuda monetária.

A possibilidade de redução dos estímulos vinha provocando instabilidade nos mercados financeiros mundiais nos últimos meses. Com a diminuição das injeções monetárias, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.

No Brasil, o dólar comercial fechou em R$ 2,3426 para venda, com alta de 0,86%, mas os efeitos da medida sobre a cotação só devem ser sentidos amanhã (19), porque a decisão foi anunciada logo após o fechamento do mercado de câmbio.

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