A sondagem indica ainda que os empresários consideram o ICMS o tributo que gera o pior impacto sobre a competitividade do setor industrial (Arquivo)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2011 às 12h10.
Brasília - A maioria dos empresários industriais considera o sistema tributário brasileiro ruim ou muito ruim. Segundo uma sondagem especial sobre a qualidade do sistema tributário brasileiro, divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 79% dos industriais acham o sistema tributário do País muito ruim e 17% o classificaram de ruim. Apenas 3% avaliaram o sistema tributário como bom e 1% como muito bom.
A elevada reprovação ocorreu entre as empresas de todos os portes do setor industrial. A pior avaliação foi em relação ao número de tributos existentes no país, seguido pela falta de simplicidade do sistema.
Para 90,8% dos empresários, a tributação excessiva é o principal fator negativo do sistema no País. A tributação sobre a folha de pagamento é tida como o principal problema para 61,2% dos entrevistados. Na pergunta sobre as características negativas sobre o sistema tributário brasileiro, os empresários puderam apontar mais de um item. Em terceiro lugar, foram apontados como principal problema do sistema os tributos cumulativos ou em cascata (42,2%).
A sondagem indica ainda que os empresários consideram o ICMS o tributo que gera o pior impacto sobre a competitividade do setor industrial. Segundo a pesquisa, 70,1% das empresas afirmam que o ICMS afeta sua competitividade. As contribuições previdenciárias e a Cofins também estão no alto dessa lista com 62,5% e 58,2% respectivamente.
Nos setores 'vestuário, calçados, edição e impressão, máquinas e materiais elétricos e outros equipamentos de transportes', as contribuições previdenciárias são apontadas como o tributo mais nocivo à competitividade.
A sondagem mostra também que 72,4% dos empresários defendem a unificação das alíquotas do ICMS em uma reforma tributária. Simplificar procedimentos e exigências aparece em segundo lugar com 46,1% e assegurar a plena recuperação dos créditos tributários vem em seguida com 38,7% das respostas.