Economia

Recessão espanhola se aprofunda em meio à austeridade

O PIB caiu 0,4% no segundo trimestre do ano, de acordo com os dados finais que confirmaram uma leitura preliminar


	A economia da Espanha caiu de novo em recessão no primeiro trimestre, quando a produção recuou 0,3%
 (Philippe Huguen/AFP)

A economia da Espanha caiu de novo em recessão no primeiro trimestre, quando a produção recuou 0,3% (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2012 às 08h27.

Madri - A economia da Espanha encolheu ainda mais no segundo trimestre e a queda do consumo doméstico se acelerou, sinalizando uma recessão prolongada conforme o país avança com os esforços para reduzir seu déficit público.

O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,4 por cento no segundo trimestre do ano, de acordo com os dados finais que confirmaram uma leitura preliminar. Mas na comparação anual a queda foi de 1,3 por cento, pior do que as estimativas iniciais de 1,0 por cento.

A economia da Espanha caiu de novo em recessão no primeiro trimestre, quando a produção recuou 0,3 por cento, e as estimativas do governo mostram que o PIB provavelmente encolherá neste ano e no próximo conforme avança com as medidas de redução de déficit.

Os dados foram divulgados um dia depois da Espanha dizer que sua economia teve uma performance bem menor do que o esperado nos últimos dois anos.

Nesta terça-feira, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) também revisou para baixo o PIB do quarto trimestre de 2011, para queda de 0,5 por cento ante recuo de 0,3 por cento anteriormente.

Perto de custos de empréstimos recordes e com uma economia mostrando poucos sinais de recuperação em breve, a Espanha se aproxima de pedir um resgate europeu, o que para analistas é apenas uma questão de tempo. O país já negociou até 100 bilhões de euros em ajuda para seus bancos.

Os dados desta terça-feira mostraram que as exportações garantiram algum suporte para a economia, ao crescerem 3,3 por cento no segundo trimestre na comparação anual. Mas a demanda nacional recuou 3,9 por cento, após uma queda revisada de 3,2 por cento no primeiro trimestre.

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