Economia

EUA investirão US$ 113 milhões na Ásia para resistir à influência da China

Governo norte-americano anunciou recursos para investimentos em novas tecnologias, energia e iniciativas de infraestrutura na região

Estados Unidos: anúncio visou fortalecer a estratégia "indo-pacífica" de Donald Trump (Hyungwon Kang/Reuters)

Estados Unidos: anúncio visou fortalecer a estratégia "indo-pacífica" de Donald Trump (Hyungwon Kang/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de julho de 2018 às 16h27.

Última atualização em 30 de julho de 2018 às 16h51.

Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou nesta segunda-feira que o governo americano investirá US$ 113 milhões (cerca de R$ 419,7 milhões) em iniciativas energéticas, tecnológicas e de infraestrutura na Ásia, em uma tentativa de resistir à crescente influência da China na região.

Em discurso na Câmara de Comércio dos EUA, Pompeo afirmou que os novos fundos representam o compromisso econômico do país com a paz e a prosperidade na região.

"A região Indo-Pacífico, que se estende desde a costa oeste dos EUA à costa oeste da Índia, é de grande importância para a política externa americana", disse.

O secretário de Estado insistiu que as empresas do país seguem defendendo os interesses dos Estados Unidos na região e deu como exemplo a empresa aeroespacial Space X, que em maio ajudou Bangladesh a "chegar às estrelas" ao colocar em órbita seu primeiro satélite de telecomunicações.

Além disso, Pompeo avisou que os EUA farão oposição a qualquer país que tente dominar a região, no que parece uma referência às recentes tensões entre Washington e Pequim pela presença militar chinesa no Mar da China Meridional, região que está sendo reivindicada pelo país quase em sua totalidade.

O anúncio foi feito na véspera da viagem de Pompeo a Kuala Lumpur, Jacarta e Singapura, onde ele participará da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

De acordo com o comunicado do Departamento de Estado, nessa cúpula, o secretário de Estado americano tem como objetivo reiterar o compromisso dos EUA para conseguir uma "desnuclearização completa, final e verificada" da península coreana, reafirmando a posição de Washington sobre o Mar da China Meridional,

A viagem de Pompeo acontece em um momento de renovadas tensões econômicas com a China, com a qual o país americano começou uma guerra comercial em julho, ao impor tarifas às importações, uma medida que Pequim respondeu de forma similar, desencadeando mais encargos por parte de Washington.

Pouco depois de chegar ao poder, o presidente americano Donald Trump anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Associação Transpacífico (TPP), que tinha sido feito por Barack Obama na gestão anterior, para fortalecer os laços com a região diante da influência da China

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