Azera, um dos modelos da Hyundai: empresa coreana é uma das que mais importaram carros para o Brasil. (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Brasília - Sob forte pressão das montadoras, a Receita Federal está investigando o aumento das importações de automóveis da Coreia do Sul. A fiscalização especial está sendo feita na aduana, na entrada dos carros no País. Segundo fontes do governo, os fiscais analisam a documentação para verificar se há subfaturamento. O Fisco quer garantir que a incidência do imposto de importação, de 35%, ocorra sobre o valor correto dos automóveis, para evitar uma concorrência desleal com os produtos nacionais.
O crescente aumento dos importados é uma das reclamações recorrentes da Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea). No entanto, o governo não tem muitos mecanismos para barrar a entrada dos veículos porque a taxação aplicada pelo Brasil é a máxima permitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, Argentina e México são os outros grandes vendedores de carro para o mercado brasileiro, mas estão isentos de tarifa porque têm um acordo automotivo com o Brasil.
Os dados da balança comercial em maio mostram que as importações de automóveis cresceram 75,1% nos cinco primeiros meses de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado. As três marcas importadas da Coreia do Sul são Hyundai, Kia e SsangYong. A primeira delas é associada da Anfavea e as outras duas são vinculadas à Associação Brasileira de Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva).
Segundo dados da Abeiva, as importações de veículos da Hyundai, de janeiro a maio de 2010, somaram 46,1 mil unidades, contra 15,9 mil no mesmo período de 2009. Os carros da Kia que entraram no Brasil este ano somaram 20,7 mil, ante 6,1 mil unidades nos cinco primeiros meses do ano passado. Já as importações de veículos da SsangYong saltaram de 599 veículos para 1,8 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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