Economia

Receita acelera despacho aduaneiro do comércio exterior

No caso das importações, a liberação dos desembaraços de carga em menos de 24 horas atingiu 83,13% de produtos que pediam entrada no país


	Importações: o nível de seletividade da corrente de importação atingiu 11,02%
 (REUTERS/Fabian Bimmer)

Importações: o nível de seletividade da corrente de importação atingiu 11,02% (REUTERS/Fabian Bimmer)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 13h29.

Brasília - A Receita Federal ampliou a fluidez do despacho aduaneiro da corrente de comércio exterior em 2014, conforme balanço apresentado na tarde desta sexta-feira, 13, pelo subsecretário de Aduana e Relações Internacionais, Ernani Checcucci.

No caso das importações, a liberação dos desembaraços de carga em menos de 24 horas atingiu 83,13% de produtos que pediam entrada no País. O volume foi 2,43% superior ao de 2013. "Estamos aumentando gradativamente esse porcentual", disse.

De acordo com ele, o nível de seletividade da corrente de importação atingiu 11,02%. O porcentual ainda está acima da meta de 5% praticado por países da União Europeia e pelos Estados Unidos e ainda mais distante dos 3% estabelecido como ideal pelo Banco Mundial. Ernani, contudo, disse que "a intenção" da Receita é atingir os 5% no longo prazo.

Já o fluxo de desembaraço na fila de exportação em menos de quatro horas atingiu 95,58% do total dos despachos registrados, apresentado aumento de 1,95% em relação a 2013.

Os ganhos de agilidade no despacho aduaneiro foi acompanhado por uma queda no número de declarações operadas pela Receita. Houve um recuo de 2,35% no número de declarações de importação e de 1,9% nas de exportação.

A queda ocorreu em meio à retração do fluxo comercial do Brasil com o resto do mundo em 2014, mas o subsecretário da Receita disse que não havia uma relação direta entre o desempenho da balança comercial e os despachos.

"Em 2013 já tínhamos atingido um nível de desempenho igual ao de países desenvolvidos", disse. "O ganho agora é marginal e vai ser incrementado pela melhoria de informações. Isso já estamos garantindo", considerou Ernani.

Acompanhe tudo sobre:ComércioComércio exteriorImportaçõesreceita-federal

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo