Economia

Rebaixamento reduziria investimentos, diz economista

"Projetos que faziam sentido podem deixar de fazê-lo", avaliou o economista Claudio Frischtak, da consultoria Inter.B


	Infraestrutura: rebaixamento pode ser balde de água fria nos planos dos principais candidatos
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Infraestrutura: rebaixamento pode ser balde de água fria nos planos dos principais candidatos (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 17h23.

Brasília - Os investimentos em infraestrutura serão os mais afetados por um eventual rebaixamento da nota de classificação de crédito dos títulos brasileiros, disse nesta terça-feira, 9, o economista Claudio Frischtak, da consultoria Inter.B. Isso porque financiá-los ficará mais caro.

Um eventual rebaixamento eleva os custos dos empréstimos para investir porque esse é resultado de um mix entre o custo da dívida pública brasileira e o custo do financiamento privado, disse.

"Projetos que faziam sentido podem deixar de fazê-lo", avaliou. Isso pode ser um balde de água fria nos planos dos principais candidatos à presidência da República.

Todos apostam em novas concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) para elevar as taxas de investimento no país.

"Se é uma empresa estatal e há ordem para fazer investimentos, ela vai fazer", explicou.

"Mas, se é uma empresa privada, que faz conta e tem de responder aos acionistas, ela vai pensar duas vezes."

Esse quadro é agravado, segundo o economista, pelo "colapso da confiança" que tomou conta do setor.

"Investir é uma aposta no futuro, por isso é preciso que haja previsibilidade", afirmou.

Ainda mais se o projeto é de 20 ou 30 anos, como é o caso das concessões em infraestrutura.

Mas, ao contrário disso, há uma percepção dos agentes econômicos que "a equipe econômica está perdida". Não existe uma trajetória clara que permita a eles esperar uma melhora no cenário.

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