Economia

Reajuste no salário mínimo melhora renda, diz Rossetto

Por lei, o cálculo de aumento do mínimo leva em conta a inflação do último ano, mais a taxa de evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do penúltimo ano


	Miguel Rossetto: o reajuste, entretanto - que será de 11,6%, indo a R$ 880 - traz ganho real praticamente zero
 (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)

Miguel Rossetto: o reajuste, entretanto - que será de 11,6%, indo a R$ 880 - traz ganho real praticamente zero (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 16h34.

Brasília - O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, afirmou nesta terça-feira, 29, que o reajuste do salário mínimo assinado na mesma data pela presidente Dilma Rousseff assegura uma melhora de renda ao trabalhador brasileiro.

O reajuste, entretanto - que será de 11,6%, indo a R$ 880 - traz ganho real praticamente zero.

Por lei, o cálculo de aumento do mínimo leva em conta a inflação do último ano, mais a taxa de evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do penúltimo ano.

Para o valor de 2016, que passa a valer a partir de 1º janeiro, foi considerado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que está neste mês em 11,57%.

O crescimento do PIB, que poderia proporcionar um ganho real (além da inflação) ao trabalhador, ficou em apenas 0,1% em 2014.

"(O reajuste) assegura a 48 milhões de brasileiros uma melhoria da renda, o que significa ampliação de mercado, qualidade de vida e desenvolvimento econômico", disse Rossetto.

Inicialmente, o Congresso havia aprovado o salário mínimo de 2016 em R$ 871 reais. Segundo o ministro, o valor foi atualizado para R$ 880 devido ao aumento da inflação. Hoje, o salário mínimo é de R$ 788.

Questionado se o governo considera positivo um reajuste sem ganho real, Rossetto afirmou que é evidente que em anos de melhor desempenho da economia os ganhos são repassados para o reajuste.

Ele ressaltou que a regra atual, por iniciativa de Dilma, vale até 2019. A expectativa de mercado para o PIB deste ano, que vai balizar o cálculo para o mínimo de 2017, é de uma retração de 3,7%.

Sobre o reajuste de 2016, Rossetto informou que o Ministério do Planejamento ainda está calculando o impacto nas contas do governo e na economia.

Em entrevista coletiva, ele disse esperar que o emprego, que vem em queda contínua, inicie uma recuperação já no primeiro semestre do ano que vem.

Previdência

O ministro do Trabalho e Previdência Social aproveitou para anunciar que será confirmado no início de janeiro o valor do teto previdenciário, que deverá passar dos atuais R$ 4.663 para R$ 5.203. "Neste caso, o reajuste se atém ao INPC", informou.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffIndicadores econômicosPersonalidadesPIBPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSalário mínimo

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto