Romero Jucá: "Vamos ganhar pela maioria" (Valter Campanato/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de agosto de 2017 às 16h54.
Brasília - Em meio às investidas da oposição para atrapalhar a votação da Medida Provisória (MP) que cria a nova taxa de juros que baliza os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), foi contundente nesta terça-feira, 22, ao dizer que a base aliada não será "objeto de manobra regimental".
"Queremos garantir a votação dessa matéria ainda hoje", afirmou Jucá. "Querem discutir regimento, vamos discutir regimento. Vamos ganhar pela maioria", disse, pedindo que os votos fossem dados como lidos.
No centro da debate está o pedido para que o senador José Serra (PSDB-SP) e o deputado Afonso Florence (PT-BA) possam ler seus votos em separado contrários à TLP.
A base tentou argumentar que isso só poderia ser feito caso o parecer do relator, deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), favorável à proposta do governo, fosse rejeitado após a votação.
Mas o presidente da comissão mista que analisa a medida, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), decidiu que vai permitir a leitura dos votos em separado logo no início da discussão, após a fala inicial do relator.
"Essa é atribuição do presidente (da comissão), e eu já decidi. Os dois parlamentares vão ler seus votos", disse o petista, que é contrário à TLP.
O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), um dos mais aguerridos defensores das matérias do governo no Congresso Nacional, disse que vai recorrer da decisão de Lindbergh, pois ela seria inconstitucional.
O democrata chegou a elevar a voz, o que provocou um pedido de "calma" por parte do senador petista.
"Senão os senhores vão acabar infernizando a votação disso aqui", afirmou Lindbergh. Neste momento, Serra lê seu voto em separado.