Economia

Queda em remessas globais eleva riscos para países mais dependentes

As reservas globais devem cair em US$ 110 bilhões neste ano, informou a Moody's

Moody’s alerta para repasse lento de alta da Selic para operações de médio e longo prazo (Michael Nagle/Bloomberg)

Moody’s alerta para repasse lento de alta da Selic para operações de médio e longo prazo (Michael Nagle/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de julho de 2020 às 13h30.

O estresse econômico é uma fonte crucial para enfraquecer as remessas globais neste ano, prejudicando receitas, crescimento e posições externas de algumas nações, segundo a Moody's. Os chamados mercados financeiros de fronteira e alguns países da América Latina e do Caribe são os mais vulneráveis a isso, aponta um novo relatório da agência, que projeta queda nas remessas globais de trabalhadores imigrantes no mundo em 2020, "elevando o risco de crédito em países mais dependentes desse fluxo de entrada".

Vice-presidente sênior da Moody's, Christian de Guzman diz que os países mais dependentes das remessas são economias de renda média e baixa e a queda nas remessas deve "exacerbar a desaceleração no crescimento" deles.

Guzman também destaca o enfraquecimento dos perfis de crédito e a maior vulnerabilidade externa, diante disso.

Entre os países mais vulneráveis, a agência cita o Quirguistão, o Tajiquistão, as Bermudas e El Salvador.

A agência diz que as remessas globais atingiram recorde de US$ 554 bilhões em 2019, mas devem cair em US$ 110 bilhões neste ano recuo bem superior ao de US$ 16,2 bilhões ocorrido em 2009 diante da crise financeira global.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaMoody's

Mais de Economia

Mesmo com alíquota de IVA reduzida, advogado pode pagar imposto maior após reforma; veja simulações

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad