Economia

Queda em novas encomendas afeta empresas da zona do euro

Informação é do Índice de Gerentes de Compras, o PMI, composto compilado pelo instituto Markit

O PMI, que tem um bom histórico de acompanhar o crescimento econômico, deu poucas esperanças de uma virada iminente na zona do euro (Thomas Coex/AFP)

O PMI, que tem um bom histórico de acompanhar o crescimento econômico, deu poucas esperanças de uma virada iminente na zona do euro (Thomas Coex/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 08h15.

Londres - Uma forte queda em novas encomendas aumentou a penúria entre empresas da zona do euro em julho, mostrou nesta sexta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI), forçando-as a fazer demissões no maior ritmo desde janeiro de 2010.

O PMI composto compilado pelo instituto Markit, que avalia a saúde de milhares de empresas da zona do euro, subiu em julho para 46,5 ante 46,4 em junho, mas ainda bem abaixo da marca de 50, que separa contração de expansão.

O PMI, que tem um bom histórico de acompanhar o crescimento econômico, deu poucas esperanças de uma virada iminente conforme a crise de dívida soberana da zona do euro ameaça agora as necessidades de financiamento de economias importantes como Espanha e Itália.

Livros de encomendas encolheram no ritmo mais rápido desde junho de 2009 --uma situação muito pior do que a apresentada na leitura preliminar há duas semanas.

Enquanto empresas da Itália e Espanha tiveram uma performance fraca em julho, o PMI mostrou que a maior economia da zona do euro também está patinando agora.

"A grande preocupação é de que a contração na Alemanha possa estar se tornando mais forte, sugerindo que as maiores economias do euro estão se dirigindo para um declínio coletivo", disse o economista-chefe do Markit Chris Williamson.

Ele explicou que o PMI é consistente com uma taxa de declínio trimestral de 0,6 por cento para a economia da zona do euro, bem pior do que o declínio de 0,1 por cento para este trimestre previsto por economistas em pesquisa da Reuters há duas semanas.

O índice de empregos na pesquisa caiu para 47,2 ante 48,3 em junho, o que significa que as empresas cortaram empregos no ritmo mais rápido desde janeiro de 2010, marcando o décimo mês seguido de demissões.

O PMI para o setor de serviços, que responde pela maior parte da economia privada da zona do euro, subiu em junho para 47,9 ante 47,1 em junho, máxima de quatro meses e ante leitura preliminar de 47,6.

O índice de expectativas caiu de 52,1 para 50,0, o menor desde março de 2009, no pico da recessão.

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