Economia

Queda do real prejudica empresas de celulose portuguesas

Segundo analista do BPI, enfraquecimento da moeda é negativo para as produtoras ao interromper a alta dos preços de venda


	Mudas de eucalipto: BPI afirmou que "os fabricantes brasileiros são exportadores de celulose e a depreciação do real cria uma melhor posição competitiva para estes fabricantes"
 (Bia Parreiras)

Mudas de eucalipto: BPI afirmou que "os fabricantes brasileiros são exportadores de celulose e a depreciação do real cria uma melhor posição competitiva para estes fabricantes" (Bia Parreiras)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 08h26.

Lisboa - O enfraquecimento do real, que acumula desvalorização de 14 por cento contra o euro nas últimas cinco semanas, é negativo para as produtoras portuguesas de celulose e papel ao interromper a alta dos preços de venda, afirmaram analistas do banco português nesta sexta-feira.

"A depreciação do real é uma notícia negativa para as companhias ibéricas do setor -- Altri e Ence --, já que deverá limitar a tendência alta dos preços dos últimos 12 meses", disseram os analistas em relatório.

O BPI afirmou que "os fabricantes brasileiros são exportadores de celulose -- Fibria e Suzano exportam, respectivamente, 90 e 78 por cento de suas vendas -- e a depreciação do real cria uma melhor posição competitiva para estes fabricantes, permitindo-lhes considerar preços mais baixos".

"A alta de 30 dólares por tonelada do preço da pasta branqueada de eucalipto recentemente anunciada -- para 850 dólares por tonelada -- tem tido dificuldade em passar para os clientes finais e acreditamos que isso se deve sobretudo ao enfraquecimento do real", disseram os analistas.

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