Economia

Queda da Selic não deve alterar as taxas de juros ao consumidor

Caso se confirme a expectativa de redução de 0,5 ponto percentual, a taxa de juros do crédito pessoal cairia de 65,92% a.a. para 65,16% a.a, calcula a Anefac

No caso da compra de uma geladeira, por exemplo, com preço à vista de R$ 1,5 mil, se financiada em 12 meses, a redução no total pago seria apenas R$ 4,64 (Sean Gallup/Getty Images)

No caso da compra de uma geladeira, por exemplo, com preço à vista de R$ 1,5 mil, se financiada em 12 meses, a redução no total pago seria apenas R$ 4,64 (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2011 às 14h16.

Brasília - A possibilidade de queda da taxa básica de juros, a Selic, amanhã (30), na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), terá pouco impacto nas operações de crédito. Esta é a avaliação da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Caso se confirme a expectativa da Anefac e de analistas do mercado financeiro de redução de 0,5 ponto percentual, de 11,5% para 11% ao ano (a.a.), a taxa de juros do crédito pessoal oferecido pelos bancos cairia de 65,92% a.a. para 65,16% a.a., por exemplo.

Segundo a Anefac, não há muita alteração para os consumidores porque “existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas de juros cobradas aos consumidores que, na média da pessoa física, atingem 115,2% ao ano, provocando uma variação de mais de 900% entre as duas pontas”.

No caso da compra de uma geladeira, por exemplo, com preço à vista de R$ 1,5 mil, se financiada em 12 meses, a redução no total pago seria apenas R$ 4,64. A taxa de juros desse financiamento passaria de 5,44% para 5,4% ao mês e o valor total da compra financiada cairia de R$ 2.081,56 para R$ 2.076,93.

Este ano, depois de subir 1,75 ponto percentual até julho, o BC mudou a estratégia e começou a reduzir a taxa a partir de agosto, devido aos desdobramentos da crise da dívida na Europa e às dificuldades de recuperação da economia dos Estados Unidos. Assim, apesar da inflação ainda em alta, o Copom acredita que o desaquecimento da economia global gera efeitos no Brasil, como a redução das pressões inflacionárias. Nas duas últimas reuniões do Copom, em agosto e em outubro, a taxa Selic caiu 0,5 ponto percentual de cada vez.

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