Soldado israelense acena: cortes de energia afetam hospitais, escolas e lojas (Jack Guez/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2014 às 10h18.
Gaza - Quase 70% da Faixa de Gaza estava sem energia elétrica desde o início da ofensiva terrestre israelense, nesta quinta-feira à noite.
"Todas as nossas linhas com Israel estão cortadas. Geralmente, recebemos 120 MW. Hoje não recebemos nada", disse à AFP o diretor da agência de energia elétrica de Gaza, Fathi Sheikh Khalil.
"Pedimos a ajuda da Cruz Vermelha para reparar algumas linhas em Gaza. E pedimos aos serviços israelenses de energia elétrica que reparem as linhas do seu lado, mas informaram que era muito perigoso", explicou.
"Agora 70% da Faixa de Gaza está sem energia elétrica. A pior situação acontece ao norte, onde ficaram totalmente sem corrente", disse Khalil.
As linhas foram cortadas após o início da operação terrestre contra o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, submetida a um rígido bloqueio israelense desde 2006.
Os habitantes de Gaza sofrem em períodos normais de 8 a 12 horas de cortes cotidianos de energia elétrica, que afetam hospitais, escolas, lojas ou unidades de tratamento de água no território de mais de 1,5 milhão de habitantes.
Quase 30% da energia elétrica de Gaza é gerada em uma usina abastecida por Israel.
Esta central, de 50 MW, funcionava nesta sexta-feira e fornecia - durante 16 horas ao dia - energia para o oeste e centro do território.
A ONU calcula a demanda energética da Faixa de Gaza em 360 MW.