Economia

Quadro de Bancos médios e pequenos é saudável, diz Tombini

Para Tombini, os problemas dos bancos nos últimos anos foram casos específicos e isolados


	Alexandre Tombini: no final de 2009, a Caixa Participações S.A. (Caixapar) adquiriu 35,54% do capital social do PanAmericano, pagando R$ 739 milhões
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Alexandre Tombini: no final de 2009, a Caixa Participações S.A. (Caixapar) adquiriu 35,54% do capital social do PanAmericano, pagando R$ 739 milhões (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 12h52.

Brasília – O segmento de bancos pequenos e médios está saudável, provisionado e rentável, na avaliação do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, que participa hoje (11) de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Para Tombini, os problemas dos bancos nos últimos anos foram casos específicos e isolados. O presidente do BC lembrou que a crise internacional de 2008 provocou “forte contração no mercado de crédito externo”, gerando dificuldades para os pequenos e médios bancos do Brasil captarem recursos no exterior. Nessa situação, os bancos em dificuldades venderam carteiras de crédito para instituições maiores.

Segundo Tombini, o BC passou a exercer “controle mais rigoroso” dessas operações de cessão de carteiras de crédito em 2010 e encontrou fragilidades em instituições financeiras.

Tombini explicou que, nos casos em que não houve “solução de mercado”, foram determinadas intervenções e liquidações, como nos bancos BVA, Morada, Prosper e Cruzeiro do Sul. Já no caso do Banco PanAmericano, Tombini disse que não interferiu nos termos e nas condições de venda da instituição.

No final de 2009, a Caixa Participações S.A. (Caixapar) adquiriu 35,54% do capital social do PanAmericano, pagando R$ 739 milhões. Em novembro de 2010, foi descoberto um esquema de fraudes contábeis na venda de carteiras de crédito. Essas transações foram registradas com preços superestimados, o que provocou um rombo de R$ 4,3 bilhões. Para impedir a quebra do banco, que pertencia ao grupo Sílvio Santos, houve aporte do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Esse fundo recebe recursos dos bancos para socorrer correntistas de instituições com dificuldades financeiras. Atualmente o PanAmericano é controlado pelo BTG Pactual e tem a Caixa como sócia.

“A ocorrência de solução de mercado atende ao interesse público na estabilidade sistêmica”, disse Tombini. O presidente do BC acrescentou que é função do FGC não somente garantir recursos ao depositantes, mas também atuar de forma preventiva para permitir a continuidade das operações das instituições financeiras.

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