Economia

Putin ordena que crédito dado ao Chipre seja renegociado

Nicósia pediu a Moscou uma prorrogação de cinco anos e um rebaixamento dos juros sobre o crédito de 2,5 bilhões de euros que a Rússia concedeu ao Chipre em 2011

Homem segura moeda de 1 euro quebrada com bandeira do Chipre ao fundo, durante um protesto do lado de fora de uma reunião do Eurogrupo em Bruxelas (REUTERS / Sebastien Pirlet)

Homem segura moeda de 1 euro quebrada com bandeira do Chipre ao fundo, durante um protesto do lado de fora de uma reunião do Eurogrupo em Bruxelas (REUTERS / Sebastien Pirlet)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2013 às 09h52.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta segunda-feira ao governo que negocie com o Chipre a reestruturação da dívida que ilha mediterrânea contraiu com Moscou por um crédito de 2,5 bilhões de euros.

"O presidente Putin considera possível apoiar os esforços do presidente do Chipre e também da Comissão Europeia, que apontam para superar a crise na economia e no sistema bancário-financeiro do Estado insulano", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, citado pelas agências locais.

Nicósia pediu a Moscou uma prorrogação de cinco anos e um rebaixamento dos juros sobre o crédito de 2,5 bilhões de euros que a Rússia concedeu ao Chipre em 2011, com juros de 4,5% por um prazo de quatro anos e meio.

Há uma semana, o ministro russo de Finanças, Anton Siluanov, disse que Moscou renegociaria a reestruturação da dívida cipriota após acusar a União Europeia de ignorar o acordo de coordenar suas ações na ilha.

Na sexta-feira passada, o ministro cipriota de Finanças, Mijalis Sarris, deixou a capital russa com as mãos vazias após mais de dois dias de intensas consultas.

Ao contrário do que ocorreu há uma semana, quando o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, qualificou o plano de resgate europeu de "completo absurdo", a reação oficial agora muito mais positiva.

O vice-primeiro-ministro russo, Igor Shuvalov, expressou hoje sua confiança de que os capitais russos não serão afetados pelo novo acordo sobre o Chipre, embora tenha reconhecido possíveis perdas para os investidores.

"Consideramos que, seja qual for a decisão, o Banco Comercial Russo (BCR) não sofrerá ou suas perdas serão insignificantes", disse.

Shuvalov descreveu o BCR como um dos bancos mais estáveis da ilha: "A instituição se encontra em uma situação sólida. Nesse banco não existe dinheiro ilegal". 

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