Economia

Putin lamenta falta de propostas para evitar corte de gás

O presidente russo, Vladimir Putin, lamentou a falta de propostas concretas da União Europeia para evitar o corte do fornecimento de gás russo à Ucrânia

Vladimir Putin: dívida da Ucrânia chega a 3,5 bilhões de dólares (Mikhail Klimentyev/AFP)

Vladimir Putin: dívida da Ucrânia chega a 3,5 bilhões de dólares (Mikhail Klimentyev/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2014 às 13h54.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, lamentou nesta quinta-feira a falta de propostas concretas da União Europeia (UE) para evitar o corte do fornecimento de gás russo à Ucrânia no mês que vem.

Em uma carta aberta a líderes da UE, Putin declarou que a Rússia continuava aberta a conversar sobre a dívida da Ucrânia com Moscou devido ao fornecimento de gás russo, mas confirmou que a partir de junho Kiev terá que pagar adiantado para continuar recebendo o gás.

Trata-se de "uma decisão forçada", já que a dívida da Ucrânia com a Rússia pelo fornecimento de gás já realizado chega a 3,5 bilhões de dólares, disse Putin.

O gigante russo Gazprom havia advertido na terça-feira que exigia da companhia pública ucraniana 1,66 bilhão de dólares como pagamento antecipado para suas entregas de gás do mês de junho. Do contrário, poderia interromper o fornecimento de gás à Ucrânia no início do mês que vem, declarou.

"A Gazprom não recebeu nenhum pagamento pelas entregas de gás à Ucrânia (...) embora a Ucrânia já tenha recebido a primeira parcela do empréstimo do FMI" (Fundo Monetário Internacional), ou seja, 3,2 bilhões de dólares, declarou Putin.

"Infelizmente, não recebemos nenhuma proposta concreta de nossos sócios para estabilizar a situação e para que a Ucrânia possa cumprir com suas obrigações contratuais e garantir um trânsito confiável", escreveu Putin nesta carta aos líderes europeus.

A UE importa um quarto de seu gás da Rússia. Cerca da metade deste gás transita pela Ucrânia.

"Esperamos que a Comissão Europeia participe mais ativamente no diálogo para alcançar soluções específicas e equitativas que ajudem a estabilizar a economia da Ucrânia", acrescentou o presidente russo.

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