Válvula de gás na Ucrânia: Conflitos sobre os preços do gás praticados pela Rússia duram anos (AFP/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2014 às 12h59.
Bruxelas/Novo-Ogaryovo - O presidente russo, <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/vladimir-putin">Vladimir Putin</a></strong>, acusou a Ucrânia na quarta-feira de colocar as negociações sobre o <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/gas">gás </a></strong> natural em um "beco sem saída", rejeitando uma oferta de corte de preços feita em meio a uma disputa que ameaça o abastecimento para o resto da Europa.</p>
Enquanto Kiev exigiu mudanças no contrato para diminuir os preços mais elevados na Europa para fornecimento de gás russo, Moscou também manteve suas propostas, sugerindo o corte de preço de cerca de um quinto para 385 dólares por 1.000 metros cúbicos, como sua oferta final.
A disputa faz parte de uma ampla batalha entre a Ucrânia e a Rússia, enquanto a nova liderança de inclinação ocidental em Kiev luta para conter uma rebelião separatista pró-Rússia nas províncias orientais.
Conflitos sobre os preços do gás praticados pela Rússia duram anos e já levaram a cortes no abastecimento em 2006 e 2009.
Putin, em reunião com seu governo nos arredores de Moscou, disse que a Rússia tinha oferecido um desconto de 100 dólares por 1.000 metros cúbicos com a remoção de um imposto de exportação. Isso colocaria o preço em linha com o pago por outros consumidores europeus.
A mais recente crise entre os dois países explodiu com a derrubada do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, com laços com Moscou, em fevereiro. Depois disso, a Rússia anexou a região da Crimeia de seu vizinho e quase dobrou o preço que Kiev tem de pagar pelo gás.
Mais cedo nesta quarta-feira, o primeiro-ministro ucraniano Arseny Yatseniuk deixou claro em uma reunião de gabinete que Kiev rejeitou a oferta da Rússia com os preços mais baixos do gás, removendo o imposto de exportação, medida que não seria escrita no contrato e que ficaria a critério de Moscou.