Economia

Prorrogação de IPI reduzido para materiais de construção terá impacto de R$ 723 mi

O IPI reduzido, que acabaria em 30 de junho, foi prorrogado para 31 de dezembro

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - A prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os materiais de construção provocará impacto de R$ 723 milhões nos cofres públicos entre julho e dezembro. A estimativa foi divulgada pela Receita Federal.

De acordo com a Receita, esse impacto ocorrerá apenas se as alíquotas forem mantidas. Atualmente, a maioria dos materiais de construção está com o imposto zerado, mas alguns itens ainda pagam alíquotas que variam de 2% a 10%.

Caso a estimativa se confirme, o governo deixará de arrecadar R$ 1,409 bilhão em 2010 por causa da desoneração para o setor. Isso porque o incentivo fiscal provocará perda de R$ 686 milhões no primeiro semestre.

Hoje (15), o ministro da Fazenda, anunciou a extensão do benefício por seis meses. O IPI reduzido, que acabaria em 30 de junho, foi prorrogado para 31 de dezembro.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o aumento da demanda com a perspectiva de fim do incentivo fiscal acarretava o risco de pressionar para cima os preços do setor. Além disso, os materiais de construção, na avaliação do ministério, podem ser considerados mais bens de capital (usados na produção) do que de consumo.

Desde abril do ano passado, os materiais de construção estão com IPI reduzido. Para a maioria dos produtos, a alíquota foi zerada. A medida foi tomada como ação de estímulo à produção em meio à crise econômica.

Esta não foi a primeira vez que o governo estendeu incentivos fiscais neste ano. A desoneração para os móveis e painéis de madeira, que acabaria em março, foi prorrogada indefinidamente. As alíquotas, que estavam zeradas desde novembro, foram elevadas para a metade dos níveis anteriores.

Acompanhe tudo sobre:Construção civilGovernoImpostosIndústriaIndústrias em geralIPILeão

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo