Aposentadoria: "Queremos uma Previdência igual para todos, para que não existam grupos particulares que se aproveitam da Previdência para extrair benefícios" (Caio Meirelles/Creative Commons)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 19h17.
São Paulo - O secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, afirmou nesta terça-feira, 6, que a proposta de reforma da Previdência não vai elevar alíquotas de maneira generaliza, mas vai rever renúncias, o que aumentará a contribuição de alguns grupos.
A declaração foi dada durante encontro com sindicalistas na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT). "Não vamos acabar com todas as renúncias, mas demos um passo", disse.
"Queremos dar um tratamento parecido para todos, setor público, policiais militares, todos. Não no sentido de que todos vão estar no INSS, mas que terão as mesmas regras básicas", comentou no discurso para os sindicalistas, repetindo o que havia dito pela manhã para a imprensa.
"Queremos uma Previdência igual para todos, para que não existam grupos particulares que se aproveitam da Previdência para extrair benefícios", acrescentou.
Ele ressaltou que a reforma da Previdência é uma compromisso de Estado, não de governo, até porque a atual administração vai se beneficiar muito pouco das mudanças, que só começam a ter impacto positivo nas contas públicas no médio a longo prazo.
Caetano deixou claro que não existe a opção de não fazer a reforma. "A situação de alguns Estados, que não conseguem nem pagar a folha de salário, mostra isso".
Ele explicou que o déficit da Previdência deve quase dobrar em um período de dois anos, em meio também a mudanças demográficas no Brasil, como a queda no número de filhos e o envelhecimento da população.
"Hoje a proporção de idosos para cada 100 pessoas em idade ativa é de 11, mas vai saltar para 44 em 2060", apontou.
Segundo ele, o objetivo da reforma é poder manter o pagamento de aposentadorias e pensões sem necessidade de ficar aumentando cada vez mais os impostos.