Economia

Proposta da UE para acordo agrícola com Mercosul preocupa Brasil

Na terça-feira, a UE apresentou suas propostas de cotas de importação de etanol e carne, dentro das negociações do acordo de livre comércio entre os blocos

Etanol: deputado acredita que Brasil corre o risco de ficar fora do circuito de exportação para a União Europeia (Divulgação/Divulgação)

Etanol: deputado acredita que Brasil corre o risco de ficar fora do circuito de exportação para a União Europeia (Divulgação/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 10h58.

São Paulo - As propostas da União Europeia para o acordo agrícola com o Mercosul estão aquém do esperado e preocupam o setor agropecuário brasileiro, afirmou nesta quarta-feira a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Na terça-feira, a União Europeia apresentou suas propostas de cotas de importação de etanol e carne, dentro das negociações do acordo de livre comércio entre os dois blocos, mas os números estão muito abaixo dos parâmetros estabelecidos como aceitáveis pelo Mercosul para dar início às conversas, disse à Reuters uma fonte que acompanha as negociações.

De acordo com o presidente da FPA, deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), o Brasil chega a pagar tarifas acima de 75 por cento para alguns produtos, o que impede o acesso a mercado.

Para ele, se as tarifas não forem zeradas, o Brasil corre o risco de ficar fora do circuito de exportação para a União Europeia.

"É uma conta lógica. Se houver a redução da oferta agrícola e aumento ou até mesmo a manutenção das tarifas, os nossos produtores não vão conseguir acompanhar o ritmo de exportações", destacou, em nota.

Segundo Leitão, a União Europeia é o segundo maior mercado para as exportações agropecuárias do Brasil. Em 2016, o bloco foi destino de 19,6 por cento das vendas brasileiras, ressaltou o deputado, com receita de 16,7 bilhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaMercosulUnião Europeia

Mais de Economia

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto