O Ministério da Fazenda apresentou ainda dados que mostram crescimento médio da economia de 5,1% após o PAC 2 (Elza Fiúza/Abr)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2011 às 14h27.
Brasília – A proporção do crédito do sistema financeiro em relação ao Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) praticamente dobrou em oito anos, de acordo com números divulgados hoje (29) pelo Ministério da Fazenda, durante apresentação do balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Enquanto, em junho de 2003, o crédito representava 24,6% do PIB, em junho de 2011, passou a representar 47,2%. Em valores nominais, em 2003, o crédito chegou a R$ 389 bilhões e ,em 2011, atingiu R$ 1,834 trilhão.
Por outro lado, as desonerações líquidas, como forma de dar estímulos ao setor produtivo, atingiram R$ 77,1 bilhões, sendo que o maior valor foi registrado em 2009, com R$ 26,9 bilhões. Em 2011, segundo estimativa da Receita Federal, as desonerações líquidas ficarão em R$ 15,1 bilhões.
A demanda interna continua em destaque quando se trata de fatores que impulsionam o crescimento da economia. Em 2011, de acordo com previsões do Ministério da Fazenda, a expectativa de crescimento da economia é de 4,5%, a demanda interna esperada é de 5,9% , e a demanda externa líquida,, negativa em 1,4%. Em 2002, com o crescimento do PIB de 2,7%, a demanda doméstica era de apenas 0,2% na mesma comparação e de 2,5% para a demanda externa.
Os investimentos totais continuam em tendência ascendente, com a formação bruta de capital fixo, que em 2002 era 16,4% do PIB, passando para 23,2% em 2011. O Ministério da Fazenda apresentou ainda dados que mostram crescimento médio da economia de 4% após a criação do PAC, em 2007, e crescimento médio de 5,1% da economia após o PAC 2. O número de empregos também cresceu. Conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego, foram criados 16,6 milhões de empregos entre 2003 e junho de 2011.
A apresentação dos dados, que seria feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, não ocorreu por causa de compromisso do ministro com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.