Michel Temer (PMDB): “Não devemos nos impressionar com o PIB pequeno do ano passado, quando houve quase uma convulsão econômica internacional”, disse. (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2013 às 14h58.
Brasília – O vice-presidente Michel Temer disse hoje (1º) que todas as projeções do governo indicam para este ano crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) “muitíssimo maior” do que o resultado de 2012 (de 0,9%). Para ele, parte do baixo desempenho da economia no ano passado é reflexo da crise econômica internacional. “Não devemos nos impressionar com o PIB pequeno do ano passado, quando houve quase uma convulsão econômica internacional”, disse o presidente, que participou, no Senado, de um encontro do PMDB Jovem.
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o fraco crescimento de 2012 serve de “alerta para o Brasil”. Segundo ele, não há outro rumo a tomar que não o crescimento dos investimentos públicos e privados. Renan disse que a retomada dos investimentos passa, necessariamente, pela revisão de políticas microeconômicas para que se mantenha fortalecido o mercado interno. “Estamos vivendo uma circunstância de crise econômica mundial. Nossos compradores estão comprando menos, e a consequência é um crescimento menor.”
Na opinião do senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator-geral do Orçamento da União de 2013, o crescimento da economia brasileira será retomado com a desoneração fiscal e a redução dos gastos com custeio da máquina pública. Segundo Jucá, o governo federal “está lento” nas medidas que precisa implementar e “há necessidade de reprogramar essas ações”.
De acordo com o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o baixo crescimento em 2012 mostra que as políticas públicas “fracassaram”. Para ele, além de se preocupar com o baixo PIB, o governo tem de ficar alerta com a possibilidade de crescimento da inflação. O senador sugeriu que as medidas pontuais adotadas pelo governo sejam substituídas por ações concretas. Como exemplo, citou o engajamento em uma reforma tributária efetiva, o fim dos entraves burocráticos e investimento em infraestrutura.