Banco Central: BC indicou que o juro tende a permanecer no atual nível pelo menos nos primeiros meses de Governo Bolsonaro (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de dezembro de 2018 às 09h38.
Última atualização em 24 de dezembro de 2018 às 09h56.
Brasília - Após a última decisão de 2018 sobre os juros anunciada há duas semanas, economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para a Selic (a taxa básica) para o fim de 2019. O Relatório de Mercado Focus trouxe hoje que a mediana das previsões para a Selic no próximo ano caiu de 7,50% para 7,25%. Há um mês, analistas previam 7,75%.
A projeção para a Selic no fim de 2020 não foi alterada e manteve-se em 8,00%, número repetido pelos economistas há oito semanas. No caso de 2021, a projeção também seguiu em 8,00%, pela 77ª pesquisa seguida.
Neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção, pela sexta vez consecutiva, da Selic em 6,50% ao ano. Ao mesmo tempo, o BC indicou que o juro tende a permanecer no atual nível - o mais baixo da história - pelo menos nos primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro. Entre as indicações, o colegiado avaliou que, desde o encontro anterior, de outubro, houve alta do risco de a ociosidade na economia produzir inflação abaixo do esperado.
Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2019 caiu de 7,00% ao ano para 6,50%, ante 7,00% de um mês antes. No caso de 2020 e 2021, a previsão seguiu em 8,00%. Há um mês, a expectativa era de juro a 8,00% no fim de 2020 e 8,00% em 2021.