Economia

Focus: ação do Banco Central interrompe alta do IPCA

Para o economista Carlos Eduardo Freitas, o resultado é sinal de que o mercado está otimista em relação às medidas tomadas pelo Banco Central

Mercado está vendo com bons olhos medidas tomadas pelo Banco Central (.)

Mercado está vendo com bons olhos medidas tomadas pelo Banco Central (.)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2010 às 18h17.

Brasília - O Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (31) apontou que a projeção de inflação estimada por instituições financeiras ficou em 5,67% - ainda distante da meta 4,50%. É a primeira vez, em 18 semanas, que os dados não registraram alta. O resultado se manteve igual ao da semana passada.

Para o economista Carlos Eduardo Freitas, a pesquisa é sinal de que as insituições financeiras estão reconhecendo as ações tomadas pelo BC para conter a inflação. Segundo ele, o mercado está otimista. "O Banco Central já se mostrou disposto a subir a taxa de juros para manter a inflação controlada. Os resultados do superávit primário e o recorde na arrecadação em abril também ajudaram a impulsionar o resultado positivo", avalia. O especialista defende, ainda, que o governo federal tem mostrado austeridade fiscal, apesar de 2010 ser ano eleitoral.

Freitas desconsidera o leve aumento na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2010, que subiu de 6,46% para 6,47%. Segundo ele, 0,01 ponto percentual não representa relevância. "É uma oscilação pequena, apenas de margem de erro", pondera. No entanto, o especialista destaca o aumento da expectativa para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) que subiu de 8,75% para 8,82%. "O consumidor pode sentir essa alteração no bolso. No entanto, este índice afeta muito mais o atacado e nem sempre chega ao varejo", disse ele.

Segundo a pesquisa Focus, a estimativa para a taxa básica de juros (Selic) para o fim de 2010 manteve-se em 11,75% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa subiu 0,75 ponto percentual, atingindo 9,5% ao ano. De acordo com Carlos Eduardo Freitas, o aperto monetário do Banco Central prosseguirá em junho, mas de forma gradual. "Subiu 0,75 porque o aumento veio atrasado, era para ter acontecido em março. Daqui para frente, deve subir entre 0,5 e 0,25 a cada reunião", analisou o economista. A próxima reunião do Comitê está marcada para os dias 8 e 9 de junho.

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