Economia

Projeção do Focus para Selic no fim de 2016 segue em 15,25%

Com a perspectiva de uma inflação mais alta no ano que vem, o mercado financeiro voltou a elevar sua expectativa para a Selic no encerramento de 2017


	Selic: com a perspectiva de uma inflação mais alta no ano que vem, o mercado financeiro voltou a elevar sua expectativa para a Selic no encerramento de 2017
 (Thinkstock/Reprodução)

Selic: com a perspectiva de uma inflação mais alta no ano que vem, o mercado financeiro voltou a elevar sua expectativa para a Selic no encerramento de 2017 (Thinkstock/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 09h29.

Brasília - As projeções do mercado financeiro para a taxa básica de juros para 2016 ficaram inalteradas em 15,25% ao ano no Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 4, pelo Banco Central.

O patamar atual dos juros domésticos é de 14,25% ao ano e, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, o colegiado manteve a Selic estável, mas com dois votos dissidentes de alta (0,50 pp). Um próximo encontro está marcado para o próximo dia 20.

O foco do Banco Central para a meta de inflação é o ano de 2017. Entre os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o grupo Top 5 no médio prazo, no entanto, a estimativa para 2016 aumentou de 13,00% ao ano para 13,75% ao ano.

2017

Com a perspectiva de uma inflação mais alta no ano que vem, o mercado financeiro voltou a elevar sua expectativa para a Selic no encerramento de 2017.

De acordo com a abertura do Relatório de Mercado Focus, a taxa de juros básicos da economia estará em 12,50% em 31 de dezembro de 2017, e não mais em 12,25%, como previam os analistas uma semana antes.

Para 2018, não houve alteração das previsões, que ainda conta com a Selic em 11,00% ao ano. Já para 2019, a abertura do boletim Focus revelou uma elevação das estimativas de 10,75% para 10,88%, o que demonstra uma divisão de opiniões entre a taxa de 10,75% e a de 11% no encerramento daquele ano.

Para 2020, último ano disponível, a mediana das previsões para os juros básicos permaneceu em 10,00% ao ano.

Os economistas continuam a acreditar que na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para o próximo dia 20, o colegiado elevará a taxa dos atuais 14,25% ao ano para 14,75% ao ano (aa).

Se esse movimento for verificado, será a confirmação da tendência já adiantada no último encontro por dois membros do grupo. Na decisão passada, o Copom manteve a taxa em 14,25% ao ano com placar dividido com dois votos pela alta dos juros para 14,75% aa.

Para março, o boletim Focus não trouxe mudanças, com a manutenção da perspectiva da Selic em 15,25% aa. Já para abril, os economistas acreditam que haverá nova alta, levando a taxa para 15,50% - até então, acreditavam na repetição do patamar.

O juro nesse nível deve ser mantido, conforme o levantamento, até outubro, quando as projeções cedem para 15,38% - uma clara indefinição a respeito de uma queda para 15,25% aa, como projetava o documento até a semana passada, ou manutenção dos juros por mais um mês.

O consenso sobre a redução é visto apenas em dezembro deste ano (15,25% aa).

A sequência de quedas em 2017 seguirá mais paulatina também pela atualização do Focus de hoje.

A projeção de que a Selic estaria em 14,25% em fevereiro daquele ano foi modificada para uma taxa de 14,50% e, em março, a estimativa mudou de 14,00% para 14,13% (mais uma vez mostrando falta de consenso entre os participantes do levantamento sobre o movimento do colegiado na ocasião).

Em maio de 2017 se vê também que no lugar da previsão de Selic a 13,25% está agora a estimativa de taxa a 13,50% e, em junho de 2017 (último parâmetro disponível), houve substituição da previsão de juro a 13,00% aa por 13,25% aa.

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