Economia

Projeção do mercado financeiro para inflação cai para 4,15%

Estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo caiu de 4,17% para 4,15%, segundo a pesquisa Focus

Depois de oito altas consecutivas, instituições financeiras consultadas pelo Banco Central reduziram projeção para a inflação deste ano (Pilar Olivares/Reuters)

Depois de oito altas consecutivas, instituições financeiras consultadas pelo Banco Central reduziram projeção para a inflação deste ano (Pilar Olivares/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de julho de 2018 às 09h34.

Depois de oito altas consecutivas, instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram projeção para a inflação deste ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,17% para 4,15%, segundo a pesquisa Focus, publicação elaborada todas as semanas pelo BC, com projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para as instituições financeiras, o IPCA em 2019 será 4,10%, mesma estimativa de há quatro semanas, e 4% em 2020 e em 2021.

Essas estimativas estão abaixo do centro da meta que deve ser perseguida pelo BC, com exceção de 2020 e 2021. Neste ano, o centro da meta é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente 6,5% ao ano.

Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o final de 2018. Para 2019, a expectativa é aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.

A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro neste ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

Atividade econômica

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - caiu de 1,53% para 1,50%, neste ano. Para 2019, a estimativa segue em 2,50%. As instituições financeiras também projetam crescimento de 2,50% do PIB em 2020 e 2021.

A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no final deste ano. Para o fim de 2019, passou de R$ 3,60 para R$ 3,68.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim FocusInflaçãoIPCA

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron