Economia

Produção industrial tem queda inesperada em agosto, diz IBGE

Dados divulgados hoje mostram que a produção industrial no Brasil caiu 0,8 por cento em agosto sobre julho

Indústria: expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de estabilidade na variação mensal e de alta de 4,8 por cento na base anual (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

Indústria: expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de estabilidade na variação mensal e de alta de 4,8 por cento na base anual (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 09h08.

Última atualização em 3 de outubro de 2017 às 10h29.

São Paulo / Rio de Janeiro - A indústria brasileira encolheu inesperadamente em agosto, interrompendo quatro meses seguidos de alta, pressionada principalmente pelo setor de alimentos, movimento entretanto que não tende a atrapalhar o ritmo de recuperação do setor.

A produção industrial no Brasil caiu 0,8 por cento em agosto sobre julho, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contra expectativa de estabilidade em pesquisa da Reuters com analistas. Esse é o resultado mais fraco desde março (-1,6 por cento).

Na comparação com agosto de 2016, o setor avançou 4 por cento, enquanto a mediana das projeções na pesquisa era de alta de 4,8 por cento. Ainda assim, é o melhor resultado para o mês nessa base de comparação desde 2010.

"A queda da produção em agosto foi concentrada em poucos grupos, mas de muita relevância. Não é um rompimento de tendência, parece ser um movimento pontual e concentrado. A conjuntura não mudou", afirmou o coordenador da pesquisa no IBGE, André Macedo

O destaque em agosto ficou para o recuo de 5,5 por cento na produção de alimentos após três meses consecutivos de ganhos, devido principalmente à produção menor de açúcar. O mesmo aconteceu em outros setores, como atividade extrativa, de máquinas e equipamentos e de derivados de petróleo.

Entre as categorias econômicas, segundo o IBGE, a maior queda mensal aconteceu em Bens Intermediários, de 1 por cento. Por outro lado, a produção de Bens de Consumo Duráveis apresentou avanço de 4,1 por cento em agosto.

A indústria no país tem se favorecido dos níveis baixos de juros e inflação, o que incentiva o consumo.

O mercado de trabalho também vem dando indicações de melhora, com a taxa de desemprego recuando para 12,6 por cento no trimestre até agosto, dando base para a recuperação da economia após a recessão que afetou o país.

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