Euro: economia da zona do euro deve crescer apenas 0,8 por cento neste ano após dois anos de recessão (AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2014 às 08h44.
Bruxelas - A produção industrial na zona do euro subiu em setembro, puxada por maquinário e energia, mas o aumento foi um pouco menor que o esperado e destacou o número baixo de carros e televisões que os europeus estão comprando conforme a recuperação fraqueja.
A atividade nas fábricas nos 18 países que compartilham o euro cresceu 0,6 por cento em setembro sobre o mês anterior, uma reversão parcial da queda de 1,4 por cento registrada em agosto, informou a agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, nesta quarta-feira.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que a produção industrial --dois terços da qual gerada pela Alemanha, França e Itália-- crescesse 0,7 por cento em setembro.
A produção dos chamados bens de consumo duráveis, incluindo televisões e geladeiras, caiu 2,6 por cento, a maior queda mensal desde agosto de 2011.
A economia da zona do euro deve crescer apenas 0,8 por cento neste ano após dois anos de recessão, conforme a ressaca das crises bancária e de dívida do bloco, junto à crise na Ucrânia, continuam pesando sobre a criação de riqueza.
Mesmo assim, a produção de bens de capital, um indicador de negócios futuros, cresceu 2,9 por cento em setembro, embora a queda registrada em agosto tenha sido quase o dobro desta leitura.
Se a produção de bens de capital continuar crescendo, pode sustentar expectativas de recuperação modesta liderada pela Alemanha. A atividade industrial na França cresceu muito pouco em agosto, enquanto na Itália registrou queda.
"Os dados de produção industrial são consistentes com nossas expectativas de que a Itália continuou em recessão no terceiro trimestre e não sairá dela antes do primeiro trimestre do ano que vem, na melhor das hipóteses", disse um economista da Barclays, Fabio Fois.