Indústria: São Paulo, maior parque industrial do país, registrou queda de 0,8% (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2015 às 10h23.
Rio - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta terça-feira, 12, que a redução de ritmo na produção industrial nacional na passagem de fevereiro para março, já descontados os efeitos sazonais, foi acompanhada por cinco dos 14 locais pesquisados.
Na semana passada, o IBGE divulgou que a produção industrial nacional caiu 0,8% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. Em relação a março de 2014, a produção nacional caiu 3,5%.
Entre os cinco locais em que houve recuo na produção na passagem de fevereiro para março, São Paulo, maior parque industrial do País, registrou queda de 0,8%, resultado idêntico à média nacional.
As demais quedas na produção ocorreram em Ceará (-3,1%), Minas Gerais (-2,5%), Paraná (-2,3%) e Pernambuco (-2,2%), informou o IBGE.
Por outro lado, Bahia, com expansão de 22,1%, mostrou o crescimento mais elevado nesse mês, após três meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 21,9%.
Região Nordeste (8,1%), Rio de Janeiro (4,8%) e Pará (3,2%) também assinalaram avanços acentuados em março ante fevereiro, enquanto Espírito Santo (1,2%), Rio Grande do Sul (1,1%), Goiás (0,7%), Amazonas (0,5%) e Santa Catarina (0,3%) apontaram expansões menos intensas.
De acordo com o IBGE, a queda de 3,5% na produção nacional em março na comparação do mesmo mês de 2014 foi acompanhada por 11 dos 15 locais pesquisados.
Em São Paulo, porém, o recuo foi de 2,7% neste período, menos intenso do que a média nacional.
Nesta base de comparação, as maiores quedas foram registradas por Amazonas (-20,6%), pressionada pela redução na produção dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores e computadores pessoais portáteis) e bebidas (preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais); e Minas Gerais (-9,7%), devido à queda na atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis), metalurgia e máquinas e equipamentos.
Paraná (-5,2%), Rio de Janeiro (-5,1%), Santa Catarina (-4,0%) também apontaram quedas mais acentuadas do que a média nacional (-3,5%), enquanto Bahia (-3,1%), São Paulo (-2,7%), Ceará (-2,4%), Rio Grande do Sul (-2,1%), Região Nordeste (-1,2%) e Pernambuco (-0,7%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas nesse mês.
Por outro lado, Espírito Santo (19,8%) e Pará (11,8%) assinalaram os avanços mais intensos nesse mês, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo dos setores extrativos e de metalurgia, no primeiro local, e de indústrias extrativas, no segundo.
Os demais resultados positivos foram observados em Goiás (6,2%) e Mato Grosso (6,1%).
"Vale citar que março de 2015 teve três dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior", destacou o IBGE.