Economia

Produção global de aço cai, mas preços seguem deprimidos

A produção global de aço bruto caiu para 135 milhões de toneladas em abril ante 138 milhões no mesmo período de 2014


	Trabalhador em uma fábrica para a produção de aço: preços seguem no ponto mais baixo em quase seis anos
 (David McNew/Getty Images)

Trabalhador em uma fábrica para a produção de aço: preços seguem no ponto mais baixo em quase seis anos (David McNew/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 14h43.

Londres - A produção mundial de aço bruto caiu 1,7 por cento em abril em relação ao mesmo mês de 2014, com recuos em grandes regiões produtoras como América do Norte e China, responsável por metade do volume global, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela associação que representa a indústria, Worldsteel.

Os preços do aço, porém, seguem no ponto mais baixo em quase seis anos diante do excesso de oferta, queda nos preços do minério de ferro e desaceleração do crescimento chinês, que fez parte significativa da produção do país ser direcionada ao exterior a preços reduzidos.

A produção global de aço bruto caiu para 135 milhões de toneladas em abril ante 138 milhões no mesmo período de 2014.

Porém, a queda não deixou o volume produzido longe de níveis recordes o suficiente para reduzir o quadro de excesso de oferta, segundo a associação.

A produção na China caiu para 68,9 milhões de toneladas, recuo de 0,7 por cento sobre o produzido um ano antes.

A China produz cerca de 100 milhões de toneladas de aço a mais de aço do que consume por ano.

As exportações do país saltaram 10,9 por cento entre março e abril, apesar do fim de um desconto de imposto sobre exportação que foi decidido para conter as vendas externas de alguns produtos siderúrgicos.

Segundo os números da Wordsteel, os números de abril mostraram quedas de 7,5 por cento na produção da América do Norte, 4,7 por cento na Comunidade de Estados Independentes, 13,2 por cento na África, 7,7 por cento no Oriente Médio e 0,1 por cento na América do Sul, onde o Brasil apurou alta de 4,4 por cento no volume produzido.

A entidade também informou que o nível de utilização de capacidade das usinas siderúrgicas caiu 3,2 pontos percentuais em abril sobre um ano antes, para 72,5 por cento, indicando baixo poder de preço da indústria.

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