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Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2014 às 11h39.
São Paulo - O vice-presidente da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antônio Carlos Botelho Megale, avaliou nesta quarta-feira, 13, que o mercado de consumo interno brasileiro não está acompanhando o crescimento da produção de automóveis no país.
Diante desse cenário, ele defendeu como saída para o setor focar nas exportações. Ele afirmou que, para 2017, o plano da entidade é exportar 1 milhão de unidades, o que representará 20% da capacidade produzida.
Durante debate no painel sobre "Competitividade sistêmica da indústria nacional - medidas indispensáveis", durante o 25º Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo, Megale afirmou que o setor automotivo brasileiro tem vivido um crescimento importante na última década, que fez com que o segmento ganhasse participação relevante no cenário mundial.
Ele lembrou que o Brasil terminou 2013 como o quarto maior mercado e sétimo maior produtor do mundo. Para ele, no entanto, é preciso mais investimento para que a indústria brasileira se torne mais competitiva.
Ele afirmou que, para chegar a relação habitante/automóvel de países como Argentina e México, considerada boa pelo mercado, a frota brasileira ainda tem de crescer 50%. "Isso mostra a oportunidade que o setor tem", afirmou.
Megale criticou em especial a alta carga tributária à qual o setor está submetido. De acordo com ele, mesmo que o governo retire o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a carga tributária ainda continuaria alta para a indústria automobilística, segundo ele, entre 22% e 23%.
O vice-presidente da Anfavea lembrou que os investimentos já anunciados entre 2012 e 2018 estão mantidos em R$ 75,8 bilhões e serão destinados a novas fábricas, ampliação das já existentes e apresentação de novos modelos. Desse total, ele destacou que R$ 12 bilhões irão para engenharia e Pesquisa e & Desenvolvimento.
Magale elogiou ainda o programa Inovar Auto, do governo federal, mas completou dizendo que ele precisa evoluir para transformar a indústria nacional, e toda a cadeia relacionada a ela, mais competitiva.