“O programa de concessões é indispensável para desenvolver a infraestrutura do país", disse Aloizio Mercadante (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2015 às 16h30.
Brasília - A prisão dos presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez não prejudicará o programa de concessões de infraestrutura, disse o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Segundo ele, as empresas poderão participar das licitações enquanto não forem declaradas inidôneas.
“O programa de concessões é indispensável para desenvolver a infraestrutura do país. Se as empresas não forem declaradas inidôneas [pela Controladoria-Geral da União (CGU)], poderão participar de qualquer investimento e iniciativa”, disse o ministro depois de uma reunião entre empresários brasileiros e norte-americanos, com representantes dos governos dos dois países.
Mercadante explicou que as empresas que aceitarem os acordos de leniência poderão garantir a participação das concorrências sem o risco de serem declaradas inidôneas.
Segundo o ministro, a legislação anticorrupção brasileira é parecida com a dos Estados Unidos em relação a acordos de delação premiada.
“Há um processo na CGU. As empresas podem colaborar com a investigação. Se forem identificados desvios de conduta, elas pagam multas e assinam um termo de ajustamento de conduta e podem voltar a atuar no mercado, com responsabilidade separada das pessoas físicas, que continuam a responder pelos atos”, informou o ministro.