Economia

Prioridade dos EUA é fechar acordo comercial no Pacífico

A Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) tende a ser engrossada nos próximos meses pela adesão do Japão e da Coreia do Sul


	Barack Obama: à beira do desespero por um aumento substancial em suas exportações, os EUA estão seguros de que um mecanismo de livre comércio trará benefícios
 (AFP/ Brendan Smialowski)

Barack Obama: à beira do desespero por um aumento substancial em suas exportações, os EUA estão seguros de que um mecanismo de livre comércio trará benefícios (AFP/ Brendan Smialowski)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 09h40.

Washington - O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre o início da negociação de um acordo de livre comércio com a União Europeia (UE), a ser concluído em dois anos, não desvia o foco da Casa Branca em sua prioridade máxima e mais imediata nesse campo: fechar um tratado comercial com outros 10 países banhados pelo Pacífico.

A Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) tende a ser engrossada nos próximos meses pela adesão do Japão e da Coreia do Sul.

Os parceiros dos Estados Unidos esperam ver o acordo fechado até dezembro deste ano. Na semana passada, em Cingapura, deu-se a 16.ª rodada.

À beira do desespero por um aumento substancial em suas exportações, os EUA estão seguros de que um mecanismo de livre comércio com essa região trará benefícios a seus exportadores - e à sua economia americana, em geral - em curto e médio prazo.

Reformas serão exigidas em todos os participantes, inclusive os EUA, para aumentar a competitividade em um ambiente sem barreiras comerciais.

"Ter relação profunda com a Ásia é uma política do presidente Obama. Vamos aumentar nosso engajamento com a região e, por isso, a TPP é uma prioridade máxima para nós", afirmou Jose Fernandez, secretário-assistente de Estado para Assuntos Econômicos e de Negócios. "Há muito entusiasmo com a adesão do Japão. Se isso ocorrer, a TPP abarcará 30% do comércio mundial. Mas, certamente, dificultará as decisões a serem tomadas, inclusive por nós mesmos."

Os 11 países, juntos, respondem por uma produção anual de US$ 21 trilhões. Os 10 parceiros dos EUA na TPP formam o maior mercado de bens e serviços para os produtores americanos.

As exportações de bens dos EUA para a região alcançou US$ 895 bilhões em 2011, 59% do total embarcado pelo país. Incluídos Japão e a Coreia do Sul, a produção total da TPP subirá para US$ 28 trilhões, e o acordo envolverá o destino de mais US$ 110 bilhões em produtos americanos.

Os EUA já se beneficiam de acordos de livre comércio com cinco dos países da TPP - Canadá, Chile, Cingapura, Peru e México. Os mercados da Austrália, Brunei, Malásia, Nova Zelândia e Vietnã são os alvos primordiais.

A negociação e o acordo final estarão abertos à inclusão de novos membros, avisa Fernandez, em uma sinalização para a eventual adesão, no futuro, da China.

Acompanhe tudo sobre:ComércioComércio exteriorEstados Unidos (EUA)ExportaçõesPaíses ricos

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto