Economia

Previsão para emergentes é levemente pior em 2015, diz FMI

A diretora da instituição, Christine Lagarde disse que a queda nos preços das commodities é um dos principais obstáculos para essas economias


	A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde: ela ressalta que países como Brasil, Índia e África do Sul precisam se focar em reformas no setor de educação
 (Brendan Smialowski/AFP)

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde: ela ressalta que países como Brasil, Índia e África do Sul precisam se focar em reformas no setor de educação (Brendan Smialowski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2015 às 12h42.

São Paulo - As previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para economias emergentes e em desenvolvimento estão levemente piores em 2015 do que no ano passado, de acordo com a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde.

Para enfrentar os desafios, a dirigente ressaltou a necessidade de reformas estruturais e disse que os emergentes precisam ganhar mais espaço em instituições econômicas internacionais.

Ao ressaltar que os países do grupo possuem uma grande diversidade, Lagarde disse que a queda nos preços das commodities é um dos principais obstáculos para essas economias.

Entre os exemplos, ela afirmou que Brasil está em estagnação, enquanto a Rússia enfrenta dificuldades econômicas.

A China, por sua vez, está desacelerando, mas cresce de maneira mais sustentável, tendo em vista as reformas em curso no país. A Índia, por outro lado, está um ímpeto positivo.

A dirigente ressalta que países como Brasil, Índia e África do Sul precisam se focar em reformas no setor de educação, mercado de trabalho e produtos de mercado.

Enquanto isso, Rússia e Indonésia devem trabalhar com ganhos de produtividade ao reduzir limites de investimentos e ao melhorar o sentimento das empresas.

Na China, as pequenas empresas desempenham um papel fundamental na economia em termos de produção, emprego, receitas fiscais e inovações.

No entanto, Lagarde alerta que o acesso ao financiamento continua a ser um obstáculo fundamental, que o governo está tentando resolver.

A dirigente também alertou que alguns países emergentes enfrentam ameaças financeiras.

Os juros baixos e as políticas acomodatícias elevaram a tolerância ao risco entre os investidores e um futuro aperto monetário do Federal Reserve pode trazer turbulência para os mercados. Outro fator que pode prejudicar alguns países é a alta acentuada do dólar.

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