Economia

Previsão de déficit vai para 2% em 2017, diz Meirelles

A proposta prevê uma redução do déficit na proporção do PIB, que, neste ano, deve ficar em 2,7% do PIB, disse o ministro


	Henrique Meirelles: a proposta prevê uma redução do déficit na proporção do PIB, que, neste ano, deve ficar em 2,7% do PIB, disse o ministro
 (Paulo Whitaker / Reuters)

Henrique Meirelles: a proposta prevê uma redução do déficit na proporção do PIB, que, neste ano, deve ficar em 2,7% do PIB, disse o ministro (Paulo Whitaker / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 19h14.

Brasília - O déficit primário do governo deve ficar em 2% do PIB no ano que vem, de acordo com dados do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) apresentados pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no início da noite desta quarta-feira, 31. A proposta prevê uma redução do déficit na proporção do PIB, que, neste ano, deve ficar em 2,7% do PIB, disse o ministro.

O governo estima uma redução de 0,54 ponto porcentual nas despesas primárias do governo central, que devem passar de 19,84% do PIB em 2016 para 19,30% do PIB em 2017.

"Significa que não há nenhum crescimento real. É uma medida rigorosamente de acordo com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto", afirmou o ministro.

Meirelles ressaltou que se trata de uma coincidência o fato de a PLOA ser divulgada no dia em que o processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff foi concluído. "Hoje é o prazo legal para apresentar para apresentação do projeto", afirmou.

O ministro disse que o País passa neste momento por um momento de recuperação da confiança, com recuperação dos preços dos ativos, como ações de empresas privadas, e valorização dos títulos públicos.

"Isso vem junto com a recuperação da confiança. Em seguida, começam os sinais de recuperação do crédito, em seguida, a recuperação do consumo e do investimento e, finalmente, a recuperação do mercado de trabalho", afirmou.

"No fim do processo, vamos voltar a ter o País crescendo de acordo com seu potencial", acrescentou.

Meirelles citou diversos dados para demonstrar o início do processo de recuperação da economia, como a redução do prêmio de risco do País e das previsões do mercado para inflação, taxas de juros e índices de confiança. "A economia está se recuperando de forma pronunciada", disse.

Acompanhe tudo sobre:Déficit públicoExecutivos brasileirosHenrique MeirellesIndicadores econômicosPersonalidadesPIB

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo