Comissário europeu para Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, em 5 de maio em Bruxelas (Emmanuel Dunand/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2015 às 09h05.
Bruxelas - A Comissão Europeia elevou nesta terça-feira a perspectiva de crescimento econômico da zona do euro para 1,5% em 2015, ao publicar as previsões econômicas de primavera (hemisfério norte), e confirmou a previsão para 2016, uma alta de 1,9%.
A Eurozona, que na previsão de fevereiro da Comissão entraria em recessão este ano, registrará uma inflação de 0,1% em 2015, sustentada por uma demanda doméstica que será reforçada com o passar dos meses com a desvalorização do euro, o que deve levar a inflação a 1,5% em 2016.
Segundo a Comissão, as economias europeias devem se beneficiar de uma "conjunção de fatores favoráveis". As previsões citam os preços relativamente baixos do petróleo, um crescimento mundial sustentável, o euro em baixa e as "políticas oportunas" no bloco.
O déficit público dos 19 membros da zona do euro também tem perspectiva melhores em 2015, de -2% (-2,2% em fevereiro) e seguirá em contração em 2016, a -1,7% (-1,9% em fevereiro).
"A recuperação da atividade econômica na união se confirma", disse o vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis.
O comissário para Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, destacou que "a economia europeia não se comportou tão bem em anos, sua recuperação se viu favorecida por fatores externos e por medidas que começam a dar frutos".
Os "ventos favoráveis" devem ajudar todas as economias da Eurozona, mas, destaca a Comissão, isto acontecerá de acordo com "o grau de reação de suas economias à queda do preço do petróleo e à desvalorização do euro em particular", ao mesmo tempo que programa de injeção de liquidez do Banco Central Europeu (BCE) terá mais efeitos nos países onde as condições de crédito eram mais duras.
A recuperação econômica deve favorecer a criação de empregos, mas o índice de desemprego continuará elevado. Em 2015 a Comissão prevê uma taxa de desemprego de 11% e no próximo ano de de 10,5%.
A Comissão Europeia destacou que a situação econômica da Grécia registrou uma desaceleração considerável desde o início do ano, com vários indicadores no vermelho.
A economia grega deve crescer apenas 0,5% este ano, uma queda considerável em comparação com as previsões de fevereiro da Comissão, que mostravam um avanço de 2,5%.
O governo grego, liderado desde janeiro pela extrema-esquerda do primeiro-ministro Alexis Tsipras, projetava um crescimento de 2,9% este ano, mas a economia do país registrou muitos problemas nos últimos meses.