Economia

Prévia do PIB tem queda acima do esperado em janeiro

Índice de Atividade Econômica do Banco Central recuou 0,26 por cento em janeiro na comparação com dezembro

IBC-Br: expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,10 por cento, segundo a mediana das projeções (Rodrigo bellizzi/Thinkstock)

IBC-Br: expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,10 por cento, segundo a mediana das projeções (Rodrigo bellizzi/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 31 de março de 2017 às 09h12.

Última atualização em 31 de março de 2017 às 09h19.

São Paulo - A atividade econômica do Brasil iniciou 2017 com um ritmo maior de contração do que o esperado, segundo dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira, em um sinal de que recuperação da economia após dois anos de recessão ainda enfrenta obstáculos.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), recuou 0,26 por cento em janeiro na comparação com dezembro, em dado dessazonalizado.

No último mês do ano passado, o IBC-Br havia apresentado queda de 0,32 por cento na comparação mensal, de acordo com dados revisados pelo BC após queda de 0,26 por cento divulgada anteriormente.

A leitura, a sétima negativa em sequência, foi pior do que a expectativa de queda de 0,10 por cento no mês em pesquisa da Reuters, na mediana das projeções.

Na comparação com mesmo mês de 2016, o IBC-Br caiu 2,53 por cento. No acumulado em 12 meses, houve queda de 4,40 por cento, sempre em números dessazonalizados.

O resultado do IBC-Br reflete leituras fracas sobre a atividade econômica no início do ano. Em janeiro, a produção da indústria teve recuo de 0,1 por cento em relação ao mês anterior, ainda que num resultado melhor do que o esperado.

Já as vendas no varejo surpreenderam e caíram 0,7 por cento em janeiro, contra expectativa de alta, enquanto o volume de vendas no setor de serviços recuou 2,2 por cento.

A economia brasileira aprofundou a crise e encolheu 0,9 por cento no último trimestre de 2016, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano como um todo, a retração foi de 3,6 por cento, marcando a recessão mais longa do Brasil.

Com a inflação desacelerando e a retomada econômica em ritmo lento, o cenário permanece propício para o BC intensificar o corte da taxa básica de juros, atualmente em 12,25 por cento após redução total de 2 pontos percentuais.

Na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom), a expectativa é de que o ritmo de corte aumente para 1 ponto percentual, contra 0,75 ponto percentual por cento no último encontro.

Na pesquisa Focus do BC junto a uma centena de economistas, a expectativa é de um crescimento do PIB de 0,47 por cento, acelerando a 2,5 por cento em 2018.

O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.

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