PIB: índice do BC, espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto, cresceu 0,46% em abril (Mario Tama/Getty Images)
Reuters
Publicado em 15 de junho de 2018 às 08h46.
Última atualização em 15 de junho de 2018 às 10h49.
São Paulo - A economia brasileira ganhou impulso em abril, após contração no mês anterior, de acordo com dados do Banco Central, ritmo que está sob ameaça devido à greve dos caminhoneiros que prejudicou o abastecimento em todo o país no final de maio.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), expandiu 0,46 por cento em abril na comparação com o mês anterior, segundo dado dessazonalizado divulgado pelo BC nesta sexta-feira.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,50 por cento, na mediana das projeções de especialistas consultados. Em março, o IBC-BR havia recuado 0,5 por cento, em dado revisado pelo BC após divulgar queda de 0,74 por cento. Nos dois primeiros meses do ano, o indicador também apresentou resultados negativos.
Na comparação com abril de 2017, o IBC-Br cresceu 3,70 por cento, enquanto que no acumulado em 12 meses apresentou expansão de 1,52 por cento, ainda segundo o BC.
Os dados de abril do IBC-Br acompanham os resultados favoráveis da indústria, varejo e serviços. No mês, a produção industrial cresceu 0,8 por cento, enquanto as vendas no varejo aumentaram 1 por cento e o setor de serviços teve seu primeiro resultado positivo no ano.
No primeiro trimestre, o PIB do Brasil acelerou ligeiramente o ritmo e registrou expansão de 0,4 por cento em relação aos três meses anteriores, marcando o quinto período seguido no azul e favorecido pela agropecuária, segundo o IBGE.
O cenário positivo apontado pelo indicador do BC, entretanto, está ameaçado devido aos efeitos da paralisação da greve dos caminhoneiros, que afetou o abastecimento de combustíveis, alimentos e outros insumos em todo o país.
Além disso, o Brasil vive momento de incerteza com as eleições presidenciais, além de confiança abalada e desemprego elevado. As projeções para o crescimento da economia deste ano vêm sendo reduzidas por analistas e a pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central aponta agora expectativa de 1,94 por cento.