Prévia do PIB ficou praticamente em linha com a expectativa de crescimento de 0,30 por cento no mês na mediana das projeções em pesquisa da Reuters (Dado Galdieri/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 16 de junho de 2017 às 08h51.
Última atualização em 16 de junho de 2017 às 09h15.
São Paulo - O segundo trimestre começou com a economia brasileira em expansão em abril, num sinal de retomada após a queda vista no mês anterior, de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 0,28 por cento em abril ante março, em dado dessazonalizado.
O resultado mostra alguma recuperação ante a queda de 0,4 por cento vista em março, em dado revisado pelo BC depois de divulgar anteriormente contração de 0,44 por cento no mês.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de crescimento de 0,30 por cento em abril, na mediana das projeções dos analistas consultados.
O Brasil encerrou dois anos seguidos de recessão ao registrar crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1 por cento no primeiro trimestre deste ano sobre o período anterior, de acordo com dados do IBGE.
O resultado de abril do IBC-Br deriva de números favoráveis tanto da indústria quanto do varejo e de serviços no mês, apontando que a economia ao menos ensaia uma recuperação, mesmo com o desemprego ainda elevado e a crise política.
A produção industrial brasileira subiu 0,6 por cento em abril, porém ainda insuficiente para garantir que já estava havendo recuperação mais consistente da atividade.
Já as vendas no varejo surpreenderam e registraram a maior alta para abril em nove anos ao subirem 1 por cento, com o volume de serviços aumentando também 1 por cento e tendo o melhor resultado em um ano.
Na comparação com abril de 2016, o IBC-Br avançou 0,51 por cento, enquanto que no acumulado em 12 meses houve recuo de 2,66 por cento, sempre em números dessazonalizados.
O IBC-Br incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.
Especialistas consultados na última pesquisa Focus do BC reduziram sua expectativa para a atividade econômica, vendo agora expansão de apenas 0,41 por cento este ano e 2,30 por cento no próximo.