Economia

Lagarde prevê maior volatilidade de moedas na América Latina

"Veremos ainda mais volatilidade das divisas (da região), especialmente quando o Fed (Federal Reserve) elevar as taxas de juros", indicou Lagarde


	Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional: no último ano, a maioria das moedas latino-americanas registrou uma notável desvalorização com relação ao dólar
 (Nicholas Kamm/AFP)

Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional: no último ano, a maioria das moedas latino-americanas registrou uma notável desvalorização com relação ao dólar (Nicholas Kamm/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2015 às 12h29.

Washington - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, previu nesta quarta-feira "maior volatilidade" até agora nas divisas latino-americanas nos próximos meses, especialmente perante a mais que provável alta das taxas de juros nos Estados Unidos antes do final de ano.

"Veremos ainda mais volatilidade das divisas (da região), especialmente quando o Fed (Federal Reserve) elevar as taxas de juros", indicou Lagarde em entrevista coletiva online para abordar a situação econômica e a atualidade da instituição financeira internacional.

No último ano, a maioria das moedas latino-americanas registrou uma notável desvalorização com relação ao dólar, perante a antecipada alta dos juros nos EUA e a queda dos preços das matérias-primas, cuja exportação representa o principal motor econômico na América Latina.

O real brasileiro perdeu cerca de 20% de seu valor com relação ao dólar, o peso mexicano em torno de 9%, o peso colombiano 16% e o sol peruano 6%.

A presidente do Fed, Janet Yellen, apontou que o encarecimento do preço do dinheiro ocorrerá antes do final do ano e os analistas apostam que este ajuste monetário aconteça na reunião do banco central americano em setembro.

A diretora do Fundo avaliou, no entanto, as medidas aplicadas pelos governos, ao citar como exemplo o Brasil, Colômbia e Peru, para "restaurar a confiança" e reforçar as posições fiscais que, garantiu, vão np caminho adequado.

Por fim, Lagarde descartou que a economia latino-americana vá cair em recessão neste ano, e fisse que as previsões do FMI planejam uma expansão de 0,5% para este ano e uma expansão maior para 2016 do 1,7%.

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